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Os factos pelos quais foram condenados remontam à Greve Geral de 29 de Março de 2012. Um mês depois, a 19 de Abril, catorze pessoas foram detidas, acusadas de desordens, estragos e por atentar contra os direitos dos trabalhadores.
Quase um ano depois, cinco desses detidos, para quem o MP pedia quatro anos e meio de cadeia e 6000 euros de multas, sentaram-se no banco dos réus. No primeiro dia do julgamento, a acusação propôs-lhes um acordo em que eles se reconheciam como culpados dos factos ocorridos no Bar Chez Belagua, na Rua Estafeta, e a pena solicitada passava para um ano de prisão para cada um.
«Claro que não aceitámos, pois a situação era escandalosa e isso mesmo ficou demonstrado no julgamento, em que foram desmontadas por completo as teses da acusação, sem pés nem cabeça, e em que eles tiveram de se moderar», afirmam os agora condenados.
«Acabámos por ser condenados por uma sentença escandalosa, que mais não é do que a cópia do auto policial, procurando justificá-lo através de indícios e de elementos subjectivos», denunciam.
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«Chegaram mesmo a inventar provas falsas contra nós, patentes no auto policial e na sentença», denunciam, afirmando ainda que a juíza «desvirtuou por completo todas as provas da defesa, as nossas e as das nossas testemunhas» e que, como tal, não aceitam a sentença.
«A sociedade navarra já nos absolveu, com múltiplas manifestações de apoio, de que são exemplo as quase 1000 declarações de culpa e as grandes acções de protesto realizadas. Para nós ficou claro que nesta terra a "justiça" castiga quem protesta contra a injustiça e auxilia Yolanda Barcina, bem como as restantes elites que enriquecem à custa da nossa pobreza», concluíram. / Fonte: Sanduzelai-Leningrado [Nas fotos: expressões de solidariedade com os jovens.]