Ontem, véspera do txupinazo, era dia da leitura do pregão das festas de Laudio (Araba, EH), mas não havia pregoeiro. Foi a primeira vez que tal aconteceu desde 1992. Apesar de o povo ter escolhido para a função o antigo autarca da esquerda abertzale Pablo Gorostiaga, uma ordem judicial impediu que este ou alguém em seu nome pudessem ler a mensagem. Assim, a Comissão de Festas decidiu que não iria haver leitura e realizou um acto simbólico em sua substituição.
Ontem, Mikel Ayon, representante da Comissão, subiu ao estrado e começou por dizer: «não éramos nós que devíamos estar aqui». Recordou também «aquilo que os tribunais proibiram». Depois - no momento em que o pregão devia ser lido -, seguiram-se cinco minutos de silêncio, «para ouvir a mensagem». Juntaram-se
no local cerca de 500 pessoas.
Hoje, as festas da localidade alavesa prosseguiram com o txupinazo (ao meio-dia), numa jornada marcada pelos muitos milhares de pessoas nas ruas, pelo bom ambiente e pelo muito calor.
Não faltou espaço para a reivindicação dos grupos feministas, em defesa de festas paritárias e sem agressões sexistas.
O Herrira, por seu lado, organizou uma concentração na Herriko Plaza para reclamar o repatriamento dos presos e dos refugiados políticos bascos. / Ver: aiaraldea.com e Berria [As festas são do povo! O outro que se meta a cavalo num burro e ala monte afora, pra longe!]
Em Iturrama, grande apoio a Ibai Azkona no funeral da avó
O preso político basco (Iturrama, Iruñea) encontra-se actualmente em Valência.
Ibai Azkona, preso político do bairro de Iturrama (Iruñea), foi transferido de Valência para assistir ao funeral da avó. Muitos habitantes do bairro fizeram questão de estar presentes para o apoiar. / Ver: ateakireki.com
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
Apartheid: sem pregoeiro, as festas de Laudio começaram em silêncio
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