segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Arguidos da Segi e do Batasuna fazem balanço dos julgamentos e denunciam a sua natureza política

Mikel Totorika, arguido no processo contra a juventude independentista, e Karmelo Landa, arguido no processo contra o Batasuna, fizeram uma leitura dos julgamentos que têm estado a decorrer em Madrid, numa conferência de imprensa hoje em Bilbo. Ficou claro que se estão a julgar «actividades políticas», afirmaram. Consideram que já «ganharam este julgamento a nível das razões políticas e sociais» e têm toda a confiança que o mesmo irá acontecer «pelas razões jurídicas». [Foto de arquivo.]

Sobre o julgamento relativo ao processo 26/11, Mikel Totorika disse que há ainda três fases: os depoimentos dos peritos, as conclusões de ambas as partes e a palavra dos réus. As sessões irão decorrer nos dias 16, 17, 30 e 31 de Janeiro.
Totorika afirmou que os arguidos deixaram claro, nos seus depoimentos, «que o problema não é com uma sigla em particular, mas sim com a toda a juventude, com todo um povo», e realçou o facto de terem reivindicado a sua militância política.

O jovem de Sestao (Bizkaia) recordou que, para denunciar o julgamento, no primeiro dia os jovens lançaram balões cor de laranja para o ar, e também que quatro deles decidiram não comparecer.

Destacou ainda, a «decisão histórica» tomada no tribunal de excepção: «Nós, arguidos, não fomos obrigados a estar na sala enquanto os nossos torturadores depunham. Desta forma, os juízes deixaram em evidência que admitiam, implícita ou explicitamente, que tínhamos sido torturados».

Karmelo Landa, por seu lado, disse que as acusações contra os arguidos no processo 35/02 se «diluíram», e que, por isso, o Governo, o Ministério Público «estão a inventar» novas acusações.

Landa deu especial destaque à tentativa de criminalização das herriko tabernas, «com um único propósito»: confiscar [os bens d]estas associações culturais. Para Landa e Totorika, uma sentença condenatória seria «inaceitável» e teria «um único fundamento político: a vontade de perpetuar o conflito».

Por último, fizeram um apelo ao povo e aos agentes bascos para que continuem a denunciar este julgamento, e que adiram às iniciativas que se realizarem no âmbito da dinâmica Libre!. / Ver: naiz.info e libre.epaiketarikez.org / Reportagem: Hamaika Telebista