sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Contra a imposição da reforma das pensões, o Gune defende um modelo próprio para Euskal Herria

Numa conferência de imprensa que ontem teve lugar em Bilbo, a plataforma Gune, que integra os sindicatos ELA, LAB, ESK, STEE-EILAS, EHNE, HIRU, CNT e CGT, bem como múltiplos colectivos sociais, convidou os cidadãos bascos a participar nas concentrações convocadas para dia 18 frente aos parlamentos de Gasteiz e Iruñea, para denunciar a reforma das pensões que o Governo espanhol vai aprovar no dia 19, e defender um sistema próprio para Euskal Herria, que garanta pensões dignas às pessoas.

Para os sindicatos e colectivos integrados no Gune, a reforma das pensões que Madrid quer impor a Euskal Herria enquadra-se no «roubo organizado» desta crise e implicará a «transferência» para o capital de milhares de milhões que deviam ser pagos aos pensionistas.

O movimento social e sindical basco acusa as instituições em Euskal Herria de «cumplicidade, quando não total sintonia» com um modelo que ataca o sistema público de pensões e o deixa nas mãos da banca e das companhias de seguros, exige-lhes que estejam ao serviço de quem vive e trabalha em Euskal Herria e que promovam «políticas» que garantam pensões dignas aos pensionistas de hoje e de amanhã. / Ver: LAB [Na foto, em primeiro plano: Bea Martxueta (LAB), Xabier Isasi (Pentsionistak Martxan) e Mikel Noval (ELA)]

CONCENTRAÇÃO DE APOIO A JOVEM GREVISTA JULGADA EM BILBO
Realizou-se ontem, no Tribunal de Menores de Bilbo, o julgamento da jovem Irantzu Yaldabere, acusada de participar em incidentes ocorridos na Greve Geral de 29 de Março de 2012. Outros três jovens foram também acusados e julgados por estes factos em Setembro último, mas o seu processo foi separado do de Irantzu em virtude de esta ser menor na altura em que os incidentes alegadamente ocorreram.

Para protestar contra o julgamento, apoiar Irantzu e exigir a absolvição de todos, cerca de cem pessoas, convocadas pela plataforma Grebalariak Aske!, formaram um cordão humano na Done Petri plaza, no bairro de Deustu, de onde partiu em direcção ao tribunal.
Ali realizou-se uma concentração, com o lema «Grebalariak aske! Muntaia polizialik ez!» [Grevistas livres! Não às montagens policiais!], na qual se denunciou o facto de estes jovens serem usados como «bodes expiatórios» por lutarem por um outro modelo socioeconómico e para criminalizar e silenciar o protesto social. / Ver: LAB e grebalariak_aske