No passado dia 6, quem foi até ao espaço do GAIA, no bairro de Alfama, teve oportunidade de assistir ao documentário 120 horas: La Tortura contra Euskal Herria e de participar no debate que se seguiu, organizado por alguns bascos e outras pessoas mais em Lisboa.A iniciativa inscreveu-se no ciclo de Cinema Crítico organizado pelo colectivo ecologista GAIA. O programa, que teve início a 22 de Novembro e se prolonga até hoje, 20 de Dezembro, incide em diversos movimentos e lutas sociopolíticas de diferentes pontos do mundo; os filmes e os debates abordam as lutas no Brasil relacionadas com a Copa do Mundo e a FIFA, as torturas a presos bascos, a luta dos pescadores portugueses ou a luta contra o TGV em Itália.
No dia 6, o debate centrou-se em Euskal Herria. Apesar de o tema principal do documentário de Ricard Salom ser a tortura, a discussão abordou muitas outras questões, como a natureza do conflito político em Euskal Herria, a questão da independência, a transformação social, o contributo das lutas dos bascos para as de movimentos de outros países, a repressão sobre a luta em vários pontos da Europa.
Cerca de 30 pessoas participaram no acto, portugueses e bascos na sua maioria. Também havia gente de Itália, de Espanha, do Brasil e de outros sítios mais (era um verdadeiro mix de culturas, num local pequeno, acolhedor e muito animado de Lisboa). Antes de se ver o documentário e da troca de ideias e de opiniões, comeram-se petiscos.
Apesar de alguns já conhecerem há muito Euskal Herria e as suas lutas, muitos outros ouviram falar delas pela primeira vez. Portugal e Euskal Herria não ficam longe, mas ainda falta muito para que se conheçam. / Ver: askapena.org
