
Todos insistiram no desconhecimento do relatório da Guarda Civil - um desconhecimento que também foi apontado pelos porta-vozes parlamentares, incluindo o da UPN.
Os sindicatos criticaram o facto de os docentes serem investigados, em seu entender, com o propósito de criminalizar o ensino em euskara, e solicitaram a elaboração de um informe jurídico sobre a investigação dos militares e outro sobre a gravação realizada por um meio de comunicação de direita no Instituto Iturrama, em Iruñea, com imagens não autorizadas de menores.
Os representantes das associações de pais afirmaram esperar que o Departamento de Educação tome as devidas acções judiciais e exigiram respeito pela «imagem dos filhos».

Amaia Zubieta (STEE-EILAS) disse que «nunca ouviu falar de doutrinação», pediu apoio «explícito» para o modelo D, uma campanha «para restituir o bom nome» aos centros afectados, a elaboração de informes jurídicos sobre a legalidade das investigações e das gravações não autorizadas a alunos, e pediu ao Governo que se apresente como parte queixosa num processo judicial.
Maite Rocafort (CCOO) destacou os «resultados excelentes» dos alunos do modelo D e denunciou a «utilização interessada» do relatório dos militares para «atacar» esse modelo; por seu lado, Ander Pascual (ELA) afirmou que se assiste «à campanha mais abjecta contra o euskara» e criticou a UPN, que, «em vez de exigir responsabilidades por ela, se juntou a ela». Pediu ainda ao Governo que sejam apuradas responsabilidades pela criação de «listas negras» entre os docentes. / Ver: naiz.info e Diario de Noticias
Dia 18, manifestação em Iruñea contra a manipulação na Educação
A manifestação em defesa do modelo D e contra a manipulação na Educação parte às 18h00 do Antoniutti Parkea e terá como lema «Hezkuntzan, kolore guztiak» [Na Educação, todas as cores]. Entre os convocantes, contam-se os sindicatos ELA, STEE-EILAS e LAB, e os colectivos Sortzen-Ikasbatuaz e Ikasle Abertzaleak. (Sanduzelai_Leningrado)
Leitura:
Iñaki Egaña: «El bucle del magisterio navarro; los «maestros perturbadores» (lahaine.org)
Las maestras y maestros de Navarra han sido clasificados, en épocas recientes, por sus ideales políticos y sociales, incluso por sus gustos literarios. La ordenación de sus tendencias generó las llamadas Listas Negras, utilizadas en primera instancia por los delegados de Educación para conceder o no destinos y, en última, por la Guardia Civil y grupos paramilitares para acabar con sus vidas.