Entre sábado à noite e domingo de madrugada, a Guarda Civil voltou a ocupar as ruas da Alde Zaharra de Altsasu (Nafarroa) e a incomodar a população, entrando em vários bares para revistar e identificar quem lá se encontrava. «Não se pode tolerar que estas forças repressivas fascistas entrem na nossa terra e desatem a ameaçar, insultar, revistar, agredir as pessoas com inteira impunidade», critica o movimento Ospa.
No sábado, ao terem conhecimento de que vários jipes e uma furgoneta do Grupo de Acção Rápida estavam na Parte Velha de Altsasu e de que os agentes entravam nos bares e efectuavam «identificações massivas», dezenas de habitantes dirigiram-se para o centro para mostrar a sua indignação e protestar contra esta nova acção policial. Algumas delas também acabariam por ser «identificadas e revistadas, empurradas e ameaçadas», refere o movimento anti-repressivo Ospa.
Graças à «pressão da população», que os seguiu até saírem da localidade, os militares acabaram por se ir embora. Nessa altura, entrou em acção a Polícia Foral, que efectuou mais identificações. Estas forças ocupam a localidade com o intuito de «provocar, procurar o confronto e intimidar» a população, afirma o Ospa, que exige que «se vão embora» da terra e de Euskal Herria.
Na sua nota, o movimento anti-repressivo refere-se ainda ao que se passou no dia 17 de Dezembro - enquanto bebiam copos nos bares de Altsasu, dois guardas civis à paisana ameaçaram os presentes e provocaram momentos de tensão -, bem como às intimações recebidas por quatro habitantes da localidade para depor no Comando Central em Iruñea, acusados de enaltecimento do terrorismo. / Ver: ahotsa.info e lahaine.org