Intza Oxandabaratz recorreu contra os dois anos de pena a que foi condenada em Abril de 2014 por alegada «pertença à ETA». Hoje, num tribunal de Paris, o MP pediu seis anos de cadeia, com dois de pena suspensa. A sentença deve ser conhecida a 18 de Março. Foi convocada uma mobilização de protesto para Donibane Garazi, frente à Câmara Municipal.
Intza foi detida em Donibane Garazi (Nafarroa Beherea) com o seu companheiro, Julen Mujika, em Dezembro de 2011. Na altura, Intza estava grávida de quatro meses e, pouco antes de dar à luz, saiu em liberdade condicional. A Justiça francesa acusa-a de «associação de malfeitores com a organização ETA», e fundamenta a acusação na presença do seu ADN num temporizador.
Intza não se tem cansado de negar estes factos e de clamar pela sua inocência. Durante o julgamento, em Abril de 2014, o seu companheiro «assumiu» a responsabilidade e explicou que a presença do ADN de Intza «se devia à intimidade entre ambos», ao facto de ele ser portador do ADN da companheira. «Mas os magistrados rejeitaram este argumento», critica a advogada Maritxu Paulus-Basurco.
Não é a única queixa da jurista, que afirma que as provas de ADN foram destruídas e que, dessa forma, se violou o direito fundamental à contraprova. Para além disso, diz Maritxu Paulus-Basurco, a gamartarra «é considerada culpada, mesmo não existindo novos elementos contra ela, por já ter sido condenada». / Ver: kazeta.info e mediabask