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Sobre a criação de emprego, o sindicato considera «preocupante a máxima imposta pelos poderes económicos e políticos: "criar emprego a qualquer custo"». É que, olhando para outras estatísticas, se percebe que, mais que criar emprego, se está a «alargar a contratação a tempo parcial». Este é um dos aspectos que caracterizam «a evolução mais recente do mercado laboral», também marcada pelo subemprego e salários cada vez mais baixos. «Estão a desregular as relações laborais e a empurrar os trabalhadores para a precariedade e a pobreza», afirma a organização sindical.
«Assim se explica que haja cada vez mais gente que, apesar de ter trabalho, se encontra em situação de pobreza», afirma-se na nota, que destaca o facto de o conflito subjacente a esta realidade continuar a ser o mesmo: «o conflito entre o capital e o trabalho; entre uma elite que quer manter os seus privilégios e a maioria da população, gravemente prejudicada pelas suas decisões».
O LAB sublinha ainda que o agravamento das condições laborais é acompanhado pela falta de protecção no desemprego: há cerca de 120 000 pessoas sem emprego e sem receber prestações; se há um ano 48% dos desempregados não recebiam subsídio de desemprego, hoje essa percentagem subiu para 55,5%.
Neste contexto, o LAB afirma ser sua «máxima prioridade a acumulação de forças e a reconstrução da aliança de classe em torno de um projecto de transformação social mais justo e equitativo, em clave de soberania e direito a decidir». / Ver: LAB 1 e 2