quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

LAB destaca precariedade, pobreza e falta de protecção social no balanço de 2014

Numa nota, o sindicato LAB revela que o ano terminou com 213 557 desempregados no País Basco Sul, havendo em Dezembro menos 2678 pessoas desempregadas que no mês anterior e menos 5305 que há um ano, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério espanhol do Emprego. O LAB considera esta diminuição «escassa e muito insuficiente», sobretudo se se tiver em conta que, desde o início da crise, cerca de 112 000 pessoas «foram parar às filas do desemprego», e diz que é «imprudente» afirmar que a destruição de emprego já atingiu o limite, pois a «ameaça de encerramentos e de despedimentos paira sobre dezenas de empresas».

Sobre a criação de emprego, o sindicato considera «preocupante a máxima imposta pelos poderes económicos e políticos: "criar emprego a qualquer custo"». É que, olhando para outras estatísticas, se percebe que, mais que criar emprego, se está a «alargar a contratação a tempo parcial». Este é um dos aspectos que caracterizam «a evolução mais recente do mercado laboral», também marcada pelo subemprego e salários cada vez mais baixos. «Estão a desregular as relações laborais e a empurrar os trabalhadores para a precariedade e a pobreza», afirma a organização sindical.

«Assim se explica que haja cada vez mais gente que, apesar de ter trabalho, se encontra em situação de pobreza», afirma-se na nota, que destaca o facto de o conflito subjacente a esta realidade continuar a ser o mesmo: «o conflito entre o capital e o trabalho; entre uma elite que quer manter os seus privilégios e a maioria da população, gravemente prejudicada pelas suas decisões».

O LAB sublinha ainda que o agravamento das condições laborais é acompanhado pela falta de protecção no desemprego: há cerca de 120 000 pessoas sem emprego e sem receber prestações; se há um ano 48% dos desempregados não recebiam subsídio de desemprego, hoje essa percentagem subiu para 55,5%.

Neste contexto, o LAB afirma ser sua «máxima prioridade a acumulação de forças e a reconstrução da aliança de classe em torno de um projecto de transformação social mais justo e equitativo, em clave de soberania e direito a decidir». / Ver: LAB 1 e 2