Os delegados sindicais da CNT na Panda Security – conhecida a nível mundial pelos seus produtos informáticos - alertam para os graves problemas de segurança laboral que se registam na sede da multinacional em Bilbo. «Em vez de corrigir a longa lista de incumprimentos nesta matéria, a empresa continua a fugir às suas responsabilidades», afirma o sindicato, acrescentando que os administradores «preferem ocupar-se com mudanças de imagem corporativa, celebrações, novas sedes ou programas sobre "como ter o lugar de trabalho arrumado"».
O CNT tem denunciado junto do Osalan (Instituto Basco de Segurança e Saúde Laborais) «diversas questões relacionadas com a saúde e a prevenção» nesta empresa, uma vez que, mesmo referindo-se a trabalhadores jovens, «os dados sobre a saúde dos funcionários pioram de ano para ano», sublinha a organização sindical. Face às queixas apresentadas, o Osalan exigiu o cumprimento de protocolos e «a repetição de estudos epidemiológicos». Também na sequência de uma queixa do CNT, a Inspecção do Trabalho deu seis meses à multinacional para fazer um relatório sobre avaliação de riscos - que a empresa se recusava a fazer, «de forma individualizada», de acordo com a lei em vigor.
Contudo, o Serviço de Prevenção contratado pela Panda «quer atribuir as patologias relacionadas com a visão, os braços e o pescoço a actividades não laborais» e - afirma o sindicato - «a administração não faz caso das reivindicações, limitando-se a efectuar algumas melhorias apenas quando existem queixas». A Panda não devia obviar «a grande quantidade de cadeiras em mau estado, a iluminação deficiente, a concentração de oxigénio em excesso, as mesas pequenas, o número elevado de ecrãs, o facto de haver trabalhadores/as especialmente sensíveis e uma vasta gama de riscos ergonómicos», salientou o CNT. / Ver: lahaine.org [Na imagem: luta de trabalhadores numa outra empresa em Bilbo, também com o apoio do CNT.]