Julio Villanueva terá de pagar uma multa de 14 400 euros para não ir parar à prisão, depois de ter sido condenado, com mais três pessoas, no processo de «entartamento» de Yolanda Barcina. O movimento Mugitu! e o grupo de apoio aos tartalaris anti-TGV denunciaram esta situação numa conferência de imprensa hoje realizada na capital navarra e pediram às pessoas que ajudem Villanueva a fazer frente à multa. Para esse efeito, abriram uma conta: 3035.0068.08.0680058591 Basagure taldea (Laboral Kutxa).
Para o Mugitu! e o grupo de apoio aos tartalaris anti-TGV, trata-se de um novo episódio repressivo: «querem-nos impor à força, reprimindo e criminalizando a sua oposição, este projecto esbanjador, inútil, destrutivo e anti-social», disseram hoje em Iruñea, lembrando que em «todo o processo dos tartalaris existe uma clara vontade de castigar: tentativa de criminalização mediática, recurso a um tribunal de excepção como é a Audiência Nacional para julgar um facto ocorrido fora do Estado espanhol e penas desproporcionadas e abusivas para um facto que, a nível internacional, não implica, na maioria dos casos, responsabilidades penais».
Na ocasião, os presentes pediram às pessoas que ajudem Julio Villanueva a evitar o encarceramento, depositando os seus contributos na conta corrente aberta - 3035.0068.08.0680058591 Basagure taldea (Laboral Kutxa) - e participando nas várias iniciativas que irão ter lugar ao longo do Verão (e anunciadas no momento oportuno).
Desde 2013
Em 2013, Julio Villanueva e outros três opositores ao TGV foram julgados na Audiência Nacional espanhola. Os três tartalaris foram condenados a dois anos de cadeia e a 900 euros de multa; uma pessoa que colaborou no entartamento foi condenada a um ano de cadeia e ao pagamento de 300 euros. Em Outubro de 2014, o Supremo confirmou a pena.
Pagas as multas e as custas do processo, os advogados de defesa solicitaram ao tribunal a suspensão das penas dos quatro condenados - algo que foi concedido a três deles, mas não a Julio Villanueva, entendendo o Ministério Público que este último tinha «antecedentes criminais computáveis». Assim, face ao risco de encarceramento iminente de Villanueva, os advogados apresentaram um pedido de substituição de pena por multa. O célebre juiz Marlasca aceitou, a título excepcional, sendo que a multa a pagar por Villanueva é de 14 400 euros. Os advogados recorreram, mas sem êxito. / Ver: mugitu! e ahotsa.info