Uma grande manifestação percorreu hoje as ruas de Zumarraga e da vizinha Urretxu (Gipuzkoa) para exigir que a fábrica da Arcelor Mittal não feche as portas, a continuidade da actividade industrial e a manutenção dos mais de 300 postos de trabalho. No final da manifestação, os trabalhadores agradeceram a todos os que estiveram ao seu lado: «Não somos 300, somos todo um povo».
Dois camiões abriram a manifestação de hoje em Zumarraga-Urretxu, em que milhares de pessoas vieram para as ruas defender os trabalhadores da Arcelor Mittal, gritando «Arcelor ez itxi» [Arcelor, não feches] e «Hemen gaude enpleguaren alde» [Aqui estamos em defesa do emprego]. A empresa afirma que o encerramento parcial desta fábrica e da de Sestao (Bizkaia) se deve à crise do aço. Mas os sindicatos dizem que isso não é verdade.
À medida que a manifestação avançava, nos passeios, as pessoas iam batendo palmas aos trabalhadores, que gritavam «jo ta ke, irabazi arte» [sem descanso, até à vitória] cheios de emoção, com os seus postos de trabalho em risco. A administração quer reduzir uma parte substancial da produção na Arcelor Zumarraga e mandar a maioria dos seus 325 trabalhadores para as Astúrias. Estes não aceitam e afirmaram na manifestação que a recolocação não é uma hipótese. «Mittal responsável, exploradora», gritaram.
As acções de protesto do pessoal de Zumarraga-Urretxu começaram hoje e prosseguem na próxima semana: na quarta-feira fazem greve e vão concentrar-se em Gasteiz, frente ao Governo de Lakua; no dia 26 vão concentrar-se em Donostia, frente à Deputação Foral. / Ver: Berria