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Tendo em conta que o julgamento se aproxima, estas nove pessoas e membros do Eleak-Libre deram uma conferência de imprensa ontem, 15, em Donostia, na qual revelaram detalhes do processo e apresentaram a campanha social de denúncia e solidariedade que terá lugar nos próximos meses.
Na ocasião, sublinharam que este julgamento «se baseia numa estratégia de perseguição política» e que os arguidos foram torturados durante o período de detenção. Para denunciar este processo, vão pôr em marcha uma dinâmica a que chamaram «Basque Lives Matter», uma adaptação da iniciativa «Black Lives Matter» (as vidas dos negros importam), levada a cabo pela comunidade negra dos EUA contra a repressão policial e em defesa dos seus direitos fundamentais e liberdades básicas.
Além de divulgarem um vídeo, vão solicitar a diversas instituições e organizações que se posicionem, vão apresentar moções em municípios, promover a realização de mobilizações e apresentar um manifesto em defesa dos direitos civis e políticos. Na Faculdade de Direito da Universidade do País Basco, haverá mesas-redondas sobre os macro processos e a tortura, em que participarão Paco Etxeberria, Lorea Bilbao, Jon Mirena Landa e Iñigo Iruin, entre outros.
Os arguidos no processo são Egoitz Garmendia, Erika Bilbao, Sandra Barrenetxea, Ugaitz Elizaran, Urko Aierbe Sarasola, Rosa Iriarte, Joxe Aldasoro, Aniaitz Ariznabarreta e Eneko Compains, que foram presos e torturados em Setembro de 2010. / Ver: naiz e argia