terça-feira, 8 de março de 2016

No 8 de Março: «Rosas e Fuzis, mulheres das FARC-EP»

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, a guerrilha de mais longa duração no continente sul-americano, sempre contaram com a participação da mulher combatente. Quem são estas mulheres? Porque arriscam as suas vidas pelos ideais do socialismo e a libertação nacional num país sob as botas dos Estados Unidos? Qual é o seu papel no actual processo de paz?

Rosas e Fuzis, gravado em Havana com as mulheres da Delegação de Paz das FARC-EP, abre uma janela que mostra a vida de compromisso e luta das guerrilheiras farianas: as razões que as levaram a ingressar na insurgência bolivariana, a sua vida quotidiana nas montanhas da Colômbia e a visão de paz com justiça social que move a sua acção política no campo de batalha e na mesa de diálogo. O documentário é, também, uma meditação sobre a condição da mulher colombiana e o seu papel na revolução social.

Documentário: Rosas y Fusiles, mujeres de las FARC-EPRealização: Vilma Kahlo / Produção: Escuela de Cuadros / Fontes arquivísticas: A noite dos lápis («La noche de los lápices»), A Insurgência do Século XXI («La Insurgencia del Siglo XXI»), Iluminados pelo fogo («Iluminados por el fuego») e diversos materiais da teleSUR, HispanTV e Dick Emanuelsson. / Ver: Escuela de Cuadros e PCB

Leitura:
«Resistência também é nome de mulher», de Bruno Carvalho (manifesto74)
É, pois, importante denunciar aqueles que à boleia de supostas primaveras democráticas abriram caminho à barbárie no Médio Oriente. As mulheres que hoje estão condenadas à escuridão mais absoluta ou à fuga desesperada à guerra vivem infinitamente pior. Reclusas da estratégia imperialista ou refugiadas à mercê do tráfico, da prostituição e da violência, as mulheres árabes não têm outra opção que a de resistir e nós não devíamos ter outra opção que a de as apoiarmos. Não é estranho, pois, que nas fileiras da resistência curda as mulheres assumam a dianteira da luta. Elas sabem que mais do que ninguém têm tudo a perder.