Numa nota, o Movimento pró-Amnistia e contra a Repressão (MpA) denuncia um caso ocorrido no sábado, 5, no estádio de San Mamés, quando se disputava a partida entre o Bilbao Athletic e o Córdova (2.ª divisão espanhola).
Os seguranças de San Mamés retiraram dois jovens do campo e deixaram-nos nas mãos da Ertzaintza, por levarem uma bandeira a favor da amnistia. A ambos foi aplicada a lei da «prevenção da violência no desporto» e, além da interdição de acesso a espaços desportivos por um período que vai de três meses a um ano, os jovens podem vir a ser multados entre os 300 e os 60 000 euros.
O MpA expressa a sua solidariedade e dá o seu apoio político aos dois jovens. Para além disso, critica atitude de «cipaios» dos vigilantes, da Ertzaintza do PNV e da direcção do Athletic Club.
O MpA recorda que não é a primeira vez que a repressão atinge supporters nos campos de futebol bascos por levarem bandeiras a favor da amnistia ou por expressarem outras reivindicações populares, e lembra o caso recente dos Indar Gorri, torcida do Osasuna.
Historicamente, as mobilizações e os militantes pró-amnistia foram perseguidos. Logo após a morte de Franco, nas marchas da amnistia de 1977 a Polícia matou sete pessoas. Depois, as Gestoras pró-Amnistia e a Askatasuna foram ilegalizadas e dezenas de militantes foram presos, torturados e encarcerados, recorda o MpA, insistindo na ideia de que a reivindicação da amnistia não se confina à liberdade dos presos, dos refugiados e dos deportados, mas visa acabar com os pilares da opressão no país. / Ver: BorrokaGaraiaDa