quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A Eskubideak saiu em defesa de Joseba Agudo e afirma que se pretende eliminar o direito à livre escolha de advogado

Uma vintena de advogados compareceram ontem em Donostia para dar a conhecer a reflexão da associação de advogados bascos Eskubideak sobre a detenção do seu companheiro Joseba Agudo numa "operação descoordenada dirigida pelo Ministério do Interior" e "difundida pela RTVE", que "evidencia a mais grosseira instrumentalização do poder judicial" e a "caprichosa utilização" dos meios de comunicação para "criminalizar" o seu trabalho profissional.

Em nome de todos eles, Iratxe Urizar e Edurne Iriondo leram um comunicado em euskara e castelhano no qual reclamaram a libertação de Agudo e ressaltaram a sua longa trajectória.

Disseram que em onze anos de trabalho profissional "conseguiu verificar tentativas de intromissão do Executivo espanhol em processos judiciais levados a cabo noutros países".

Assim, consideram que "são estas e não outras as verdadeiras razões do processo" contra Agudo, que recebeu numerosas mostras de apoio a nível internacional.

"Constatamos que o objectivo último da operação destinada a deter e encarcerar Joseba Agudo, tal como advertimos no caso de Iñaki Goyoaga, é privar, por via de facto, a dissidência independentista basca do direito básico de qualquer arguido à assistência jurídica de livre escolha", declararam.

Neste sentido, qualificaram como "absolutamente alarmante" a "criminalização e a perseguição" que os advogados bascos sofrem.

Fizeram saber que uma delegação da Eskubideak irá na terça-feira à audiência que terá lugar no Tribunal de Pau para examinar o mandado europeu emitido contra Agudo pela AN. A hospitalização do advogado levou ao adiamento da audiência.
Fonte: Gara