segunda-feira, 14 de junho de 2010

«Apoio, carinho e sentimento de orgulho» de Baiona até às prisões


Entre as numerosas iniciativas de apoio aos presos políticos bascos em luta, a manifestação realizada no sábado em Baiona juntou cerca de 800 pessoas, que percorreram as ruas da capital de Lapurdi exigindo o respeito por todos os seus direitos e a sua repatriação. Entre os participantes podia ver-se representantes do Batasuna, EA, AB, Segi, Autonomia kolektiboa; dos sindicatos LAB e ELB, assim como de movimentos sociais e de defesa dos direitos humanos, como a Askatasuna e a Anai-Artea.
À cabeça da marcha, duas grandes faixas em que se podia ler essa exigência em euskara e francês, levada por membros da Askatasuna e familiares de prisioneiros. Atrás dela, dezenas de manifestantes agitavam painéis com as fotos de presos políticos que se encontram dispersos nos dois estados. Uma outra grande faixa, que dizia que Alliot-Marie e Rubalcaba são «responsáveis-culpados», destacava-se a meio da marcha, na qual não faltaram os slogans reivindicativos habituais, tais como «Os presos em luta, nós também», «Euskal presoak etxera!» ou «A repressão não é a solução».

Fotos de Anza e Arregi
Quarenta minutos mais tarde, a marcha chegava à praça do município, onde foi recebida ao som da txalaparta e pelos bertsos de dois jovens bertsolaris. Junto ao atril onde os porta-vozes da Askatasuna tomaram a palavra, destacavam-se dois grandes retratos de Jon Anza e de Joxepa Arregi.
Alternando o euskara e o francês, Anaiz Funosas e Françoise Gallois lembraram que, «se é verdade que todas as semanas se dão novos casos de repressão, são os presos que, na primeira linha, recebem os golpes mais duros».
Acrescentaram que, «além de se encontrarem encerrados em penosas condições; além de ter de fazer frente aos agravos, às agressões e à chantagem dos carcereiros, lhes são aplicadas medidas de excepção como a dispersão, o afastamento, os obstáculos à comunicação, os maus tratos e a perseguição às suas famílias e amigos».

Embora reconhecendo a impossibilidade de mencionar todos os falecidos, houve uma evocação especial para a que foi presidente da Etxerat, Joxepa Arregi, bem como para a família de Jon Anza, cuja «determinação e dignidade» foi salientada.
Referiram expressamente os presos com doenças graves, os isolados, os que estão há mais de 20 anos encarcerados, como Unai e Jon Parot, Txistor Haranburu, Jakes Esnal, e ainda Joxe Mari Sagardui, que em Julho atingirá os 30 anos no cárcere.

Abraços e coragem
Mandaram também um abraço aos advogados detidos recentemente e, em especial, aos que permanecem na prisão «por defender os presos e refugiados políticos bascos».
«Apesar de todo este sofrimento - prosseguiram - e de anos de isolamento, de 'tortura branca', de castigos, transferências e penas perpétuas», os dois porta-vozes ressaltaram o facto de que os presos políticos continuam «de pé e a lutar», altura em que, por entre uma grande ovação dos congregados, manifestaram «o apoio, a solidariedade, o carinho e o sentimento de orgulho» que o colectivo lhes infunde.

Dirigindo-se a Nicolas Sarkozy, a Alliot-Marie e «a quem encobre, a nível local, os seus crimes», garantiram que «mais cedo ou mais tarde se verão obrigados a abandonar as vias repressivas para adoptar as da verdadeira democracia».
Antes de finalizar com o canto do «Eusko gudariak», reiteraram o seu compromisso de continuar a lutar pelos direitos dos presos políticos bascos comas «armas mais poderosas, que são a dignidade e a solidariedade».
Arantxa MANTEROLA
Fonte: Gara

Pedido de prisão para empregada de um bar de Iruñea «por não retirar» fotos de presos
O magistrado Miguel Angel Carballo pediu um ano de prisão e oito de inabilitação para Ainhoa Ortiz, empregada do bar Ezpala que foi acusada de se recusar a retirar fotos de quatro presos políticos do bairro iruindarra de Iturrama afixadas neste estabelecimento privado. Por isso, é acusada de «enaltecimento do terrorismo».
Os factos remontam ao dia 4 de Agosto de 2009, quando, em plena perseguição às fotografias de presos políticos, a Guarda Civil entrou no bar Ezpala e exigiu a Ainhoa Ortiz que retirasse as imagens dos quatro habitantes de Iturrama.
O magistrado também solicitou o encerramento do local, mas o juiz Eloy Velasco rejeitou a aplicação desta medida porque a empregada e o dono do bar, Antonio Etxaleku, disseram que tinham retirado as fotos de maneira voluntária. Ainda assim, manteve a imputação da primeira.
Fonte: Gara

Dezenas de pessoas fazem chegar a sua solidariedade aos presos políticos encarcerados em Puerto


Cerca de 130 pessoas, provenientes de diversos pontos de Nafarroa, chegaram a Puerto de Santamaría. A marcha organizada pela Etxerat atingiu os seus objectivos: transmitir solidariedade e carinho às pessoas encarceradas nas prisões de Puerto. Apesar de o controlo policial que se fez sentir logo no início ter feito temer uma perseguição contínua, durante o resto do percurso não houve qualquer problema.
Notícia completa: apurtu.org / apurtu.org