Mais um jovem biscainho tornou público o acosso policial que está a sofrer. Em Novembro, Andoni Akesolo fez saber que guardas civis o tinham ameaçado com uma pistola para que colaborasse, e ontem relatou que em Maio voltou a ser retido por quatro encapuzados.
O jovem de Igorre Andoni Akesolo voltou a surgir perante a comunicação social, apoiado por habitantes da região de Arratia e pelo Movimento pró-Amnistia, para denunciar as ameaças e o acosso policial de que tem vindo a ser alvo nos últimos meses.
Segundo contou, no dia 16 de Maio foi retido durante uma meia hora, quando se preparava para entrar em casa, por quatro encapuzados, que lhe disseram que «andasse com cuidado» porque na próxima vez não ia ter «tanta sorte». O jovem de Igorre disse que os encapuzados se lançaram sobre ele e, entre ameaças, gritos e insultos, o agarraram pelo cabelo e por um braço, atirando-o contra o capô do carro.
É a segunda vez em que Akesolo é retido e ameaçado na rua. Na situação anterior, a 23 de Outubro, quatro encapuzados que se identificaram como guardas civis colocaram as algemas e, depois de lhe apontarem uma pistola, pediram-lhe colaboração policial.
Akesolo apresentou uma queixa por estes factos, que foi arquivada pelos tribunais. Agora, também apresentou uma queixa e o Movimento pró-Amnistia exigiu que haja uma investigação porque, não o fazendo, os juízes estão a criar «espaços de impunidade muito perigosos». O antigo autarca e actual eleito de Dima, Zefe Ziarrusta, qualificou o que passou com Akesolo de «guerra suja do século XXI» e afirmou que, para poder levar por diante um processo democrático em Euskal Herria, é necessário «neutralizar a repressão». Neste sentido, afirmou ainda que as queixas judiciais e a pressão popular são as medidas mais «eficazes» para pôr fim a estas acções dos corpos policiais.
Mais cinco casos semelhantes
No último ano e meio sucederam-se vários casos semelhantes ao que foi denunciado pelo jovem de Igorre. Há duas semanas, o jovem Mikel Zenigaonandia, de Aulestia (Bizkaia), denunciou ter sido sequestrado em duas ocasiões por guardas civis. Em finais de 2008 soube-se que o ex-preso Juan Mari Mujika tinha sido sequestrado durante várias horas por supostos polícias em Donapaleu (Nafarroa Beherea) e em Abril de 2009 deu-se o desaparecimento de Jon Anza, cujo cadáver foi encontrado numa morgue de Toulouse depois de quase um ano de buscas.
Outro ex-preso, Lander Fernández, também denunciou em Maio do ano passado ter sido retido por polícias que lhe pediram colaboração, e o arbizuarra Alain Berastegi fez saber que em Julho foi sequestrado, torturado e interrogado.
Manex ALTUNA
Fonte: Gara
O jovem de Igorre Andoni Akesolo voltou a surgir perante a comunicação social, apoiado por habitantes da região de Arratia e pelo Movimento pró-Amnistia, para denunciar as ameaças e o acosso policial de que tem vindo a ser alvo nos últimos meses.
Segundo contou, no dia 16 de Maio foi retido durante uma meia hora, quando se preparava para entrar em casa, por quatro encapuzados, que lhe disseram que «andasse com cuidado» porque na próxima vez não ia ter «tanta sorte». O jovem de Igorre disse que os encapuzados se lançaram sobre ele e, entre ameaças, gritos e insultos, o agarraram pelo cabelo e por um braço, atirando-o contra o capô do carro.
É a segunda vez em que Akesolo é retido e ameaçado na rua. Na situação anterior, a 23 de Outubro, quatro encapuzados que se identificaram como guardas civis colocaram as algemas e, depois de lhe apontarem uma pistola, pediram-lhe colaboração policial.
Akesolo apresentou uma queixa por estes factos, que foi arquivada pelos tribunais. Agora, também apresentou uma queixa e o Movimento pró-Amnistia exigiu que haja uma investigação porque, não o fazendo, os juízes estão a criar «espaços de impunidade muito perigosos». O antigo autarca e actual eleito de Dima, Zefe Ziarrusta, qualificou o que passou com Akesolo de «guerra suja do século XXI» e afirmou que, para poder levar por diante um processo democrático em Euskal Herria, é necessário «neutralizar a repressão». Neste sentido, afirmou ainda que as queixas judiciais e a pressão popular são as medidas mais «eficazes» para pôr fim a estas acções dos corpos policiais.
Mais cinco casos semelhantes
No último ano e meio sucederam-se vários casos semelhantes ao que foi denunciado pelo jovem de Igorre. Há duas semanas, o jovem Mikel Zenigaonandia, de Aulestia (Bizkaia), denunciou ter sido sequestrado em duas ocasiões por guardas civis. Em finais de 2008 soube-se que o ex-preso Juan Mari Mujika tinha sido sequestrado durante várias horas por supostos polícias em Donapaleu (Nafarroa Beherea) e em Abril de 2009 deu-se o desaparecimento de Jon Anza, cujo cadáver foi encontrado numa morgue de Toulouse depois de quase um ano de buscas.
Outro ex-preso, Lander Fernández, também denunciou em Maio do ano passado ter sido retido por polícias que lhe pediram colaboração, e o arbizuarra Alain Berastegi fez saber que em Julho foi sequestrado, torturado e interrogado.
Manex ALTUNA
Fonte: Gara