terça-feira, 15 de junho de 2010

Dezenas de pessoas manifestaram o seu apoio aos bascos presos em Castelló


Embora neste fim-de-semana se tenham voltado a repetir as inspecções físicas aos familiares, neste caso na prisão de Huelva, fazendo com que três presos bascos ficassem sem visita, também houve novas mostras de solidariedade para com os prisioneiros políticos. Assim, centenas de pessoas secundaram as marchas às prisões de Puerto I e Castelló, coincidindo com a dinâmica de luta que o Colectivo está a levar a cabo.

Este fim-de-semana, além da marcha que partiu de Iruñea com destino à prisão de Puerto I - onde os presos bascos, tal como os encarcerados em Puerto II, estão a participar na dinâmica de luta activada pelo Colectivo de Presos Políticos Bascos -, e de dos actos pró-presos de Urola-Kosta (Gipuzkoa), em que participaram mais de 600 pessoas, um outro grupo, composto por dezenas de pessoas, também se deslocou até ao exterior da prisão de Castelló para manifestar o seu apoio e solidariedade aos presos políticos bascos.
O autocarro, que partiu na sexta-feira à noite de Elgoibar (Gipuzkoa), chegou à prisão espanhola no sábado de manhã, e, de acordo com o relato enviado pelo Movimento pró-Amnistia, assim que chegaram, começaram a fazer ouvir a txalaparta, para anunciar a sua presença. Alguns dos presos políticos bascos vieram para as celas que dão para o exterior, conseguindo inclusive trocar algumas palavras com quem estava do lado de fora.
Os participantes na iniciativa salientaram que puderam falar com o natural de Soraluze Peio Etxeberria, que no ano passado, depois de cumprir integralmente a pena a que fora condenado, foi alvo da doutrina do Supremo espanhol, vendo assim alargado o seu tempo de permanência na prisão.

Mobilizações
Em ambiente festivo, os bascos que foram até à prisão de Castelló rodearam o cárcere lançando foguetes e fazendo ouvir a txalaparta para transmitir a sua solidariedade aos bascos ali presos.
Depois de os familiares terem feito as visitas, à tarde houve um pequeno acto político no exterior da prisão, situada a 750 quilómetros de Euskal Herria. Depois disso, iniciaram a viagem de regresso a casa, deixando ali aberta, no exterior da prisão, uma faixa com o lema «Amnistia».

Como é habitual às segundas-feiras, houve diversas mobilizações em defesa dos direitos dos presos bascos e exigindo a sua repatriação. Assim, em Santurtzi concentraram-se 85 pessoas, 20 em Bermeo, 45 em Iurreta, 32 em Pasai San Pedro-Trintxerpe, 21 em Ataun, 85 em Ondarroa, 25 em Zalbidia, 14 em Astigarraga, 13 em Zaldibar, 39 em Laudio, 22 em Ordizia, 18 no bairro bilbaíno de Otxarkoaga e 23 no de Zorrotza, e 23 no bairro donostiarra de Altza e 11 no de Añorga.
Fonte: Gara

Josu Urbieta, encarcerado em La Santé depois de presente a tribunal
O Movimento pró-Amnistia informou na segunda-feira à tarde que o azpeitiarra Josu Urbieta tinha sido encarcerado na prisão francesa de La Santé, depois de ter conduzido ao Tribunal de Paris, onde o juiz lhe terá dado ordem de prisão.
O azpeitiarra foi preso na quinta-feira passada em Vars-sur-Roseix, uma pequena localidade do Departamento de Corrèze, na região de Lemosin. Sempre de acordo com a versão policial, a detenção teve lugar depois de «uma pequena perseguição, depois de uma pessoa ter tentado roubar um Renault Clio» na localidade próxima de Saint Mexant. Desde que, na sexta-feira passada, as agências noticiosas avançaram que ia ser transferido para Paris, não foi divulgada qualquer informação sobre a sua situação.

Entretanto, segundo divulgou Movimento pró-Amnistia, no fim-de-semana houve diversas mobilizações de protesto em Azpeitia contra a detenção de Josu Urbieta "Pou" pela Polícia francesa. Para além disso, apareceram múltiplas inscrições e cartazes de denúncia. Na sexta-feira, dois jovens foram detidos, acusados, precisamente, da realização de pichagens.
Fonte: Gara e askatu.org