E é assim que se constrói a paz, a paz de verdade, não a Pax Romana, aquela que advogam certos poderes espanhóis, aos quais nem por sombras lhes ocorre pedir perdão pelos crimes de Gasteiz, do GAL, do BVE ou do franquismo e tantos outros
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«Esteve mal. O que aconteceu jamais devia ter acontecido. O Governo é o responsável último pela conduta das forças armadas e por isso, em nome do Governo, de facto em nome do nosso país, lamento-o profundamente», disse.
O relatório conclui que nenhuma das 14 pessoas mortas naquele dia tinha armas de fogo e que os soldados não fizeram qualquer aviso prévio antes de começar a disparar contra a multidão.
As famílias das vítimas expressaram a sua satisfação pelo conteúdo do texto, ao qual tiveram acesso antes da sua leitura por parte do primeiro-ministro britânico, cujas palavras «não se pode defender o indefensável» foram aplaudidas pelo público.
Cameron procurou neutralizar a contundência das conclusões do relatório no que se refere ao comportamento do Exército naquela data, afirmando que «o Bloody Sunday não deve definir o trabalho desempenhado pelas forças armadas na Irlanda do Norte durante 38 anos (entre 1969 e 2007)».
Em suma, um governo como o britânico reconhece a sua culpa nos assassinatos de Derry e pede desculpas às vítimas e às suas famílias. Chegará o momento em que, em Euskal Herria, os poderes espanhóis peçam perdão pelas canalhadas feitas durante anos e anos de repressão?
Notícia completa: boltxe.info
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"Durante 38 anos os habitantes nacionalistas de Derry mantiveram viva a chama da verdade sobre os acontecimentos do Domingo Sangrento. Na terça-feira, essa chama arrasou as ervas daninhas do encobrimento britânico."