Os promotores do debate no seio da esquerda abertzale, que deu lugar a toda uma renovação da sua estratégia e à aposta nas mudanças dos meios e instrumentos de luta, continuarão processados por «pertença a organização terrorista», depois de a Audiência Nacional de Madrid ter indeferido os recursos interpostos pela defesa.
Arnaldo Otegi, Rafa Díez Usabiaga, Sonia Jacinto, Arkaitz Rodríguez, Miren Zabaleta, Amaia Esnal, Txelui Moreno e Mañel Serra foram detidos no dia 13 de Outubro. Os cinco primeiros acabaram encarcerados com acusações como as de «conseguir tréguas», enquanto os outros três saíram em liberdade provisória. Posteriormente, Rafa Díez Usabiaga também foi libertado, embora sujeito a numerosas restrições, entre as quais não poder realizar qualquer actividade política.
O processamento baseia-se em factos que não são evidenciados pela instrução realizada pelo juiz Baltasar Garzón e numa leitura enviesada e parcial de determinada documentação, que em grande parte viria a contradizer as acusações que pendem sobre os arguidos.
A Secção Terceira da Audiência Nacional, presidida pelo magistrado Alfonso Guevara, optou todavia por dar continuidade ao trabalho iniciado por Baltasar Garzón. Refere que «en función del contenido del Auto de Procesamiento y de los voluminosos y prolijos particulares incorporados al presente Rollo, su examen y valoración por la Sala no pueden concluir sino que son palmarios los indicios consignados en dicho auto acerca de la naturaleza de 'Bateragune' como organización continuadora del desarrollo de actividades con complejo terrorista ETA, según directrices de la misma».
Se a tal Bateragune existisse e fosse o que a Audiência Nacional espanhola diz, as defesas mostraram que não havia qualquer prova que evidenciasse que os detidos pertenciam a essa «organização ou organismo». Contudo, a Secção Terceira garante que os autos de Garzón «razonan acabadamente la existencia cierta de los hechos y la significación indiciaria de los mismos, apuntando la participación de los recurrentes en las actividades objeto de autos».
Por tudo isto, tal como tinham solicitado a Procuradoria e a Asociación de Víctimas del Terrorismo Verde Esperanza, presidida por Francisco José Alcaraz, a Audiência Nacional espanhola confirmou o processamento dos imputados, que são acusados de um delito de «pertença a organização terrorista».
A detenção e o posterior encarceramento de Arnaldo Otegi, Rafa Díez Usabiaga, Miren Zabaleta, Arkaitz Rodríguez e Sonia Jacinto gerou uma enorme resposta política e social em Euskal Herria, dando lugar à maior manifestação realizada em Donostia nos últimos anos, na qual participaram representantes de todos os partidos, com excepção do PSOE e do PP, respondendo à convocatória da maioria sindical basca.
Fonte: Gara
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À parte, ainda que o «aparte» seja bastante relativo, o paperezko lupa da Maite:
«Es la independencia, estúpidos», de Maite SOROA
Arnaldo Otegi, Rafa Díez Usabiaga, Sonia Jacinto, Arkaitz Rodríguez, Miren Zabaleta, Amaia Esnal, Txelui Moreno e Mañel Serra foram detidos no dia 13 de Outubro. Os cinco primeiros acabaram encarcerados com acusações como as de «conseguir tréguas», enquanto os outros três saíram em liberdade provisória. Posteriormente, Rafa Díez Usabiaga também foi libertado, embora sujeito a numerosas restrições, entre as quais não poder realizar qualquer actividade política.
O processamento baseia-se em factos que não são evidenciados pela instrução realizada pelo juiz Baltasar Garzón e numa leitura enviesada e parcial de determinada documentação, que em grande parte viria a contradizer as acusações que pendem sobre os arguidos.
A Secção Terceira da Audiência Nacional, presidida pelo magistrado Alfonso Guevara, optou todavia por dar continuidade ao trabalho iniciado por Baltasar Garzón. Refere que «en función del contenido del Auto de Procesamiento y de los voluminosos y prolijos particulares incorporados al presente Rollo, su examen y valoración por la Sala no pueden concluir sino que son palmarios los indicios consignados en dicho auto acerca de la naturaleza de 'Bateragune' como organización continuadora del desarrollo de actividades con complejo terrorista ETA, según directrices de la misma».
Se a tal Bateragune existisse e fosse o que a Audiência Nacional espanhola diz, as defesas mostraram que não havia qualquer prova que evidenciasse que os detidos pertenciam a essa «organização ou organismo». Contudo, a Secção Terceira garante que os autos de Garzón «razonan acabadamente la existencia cierta de los hechos y la significación indiciaria de los mismos, apuntando la participación de los recurrentes en las actividades objeto de autos».
Por tudo isto, tal como tinham solicitado a Procuradoria e a Asociación de Víctimas del Terrorismo Verde Esperanza, presidida por Francisco José Alcaraz, a Audiência Nacional espanhola confirmou o processamento dos imputados, que são acusados de um delito de «pertença a organização terrorista».
A detenção e o posterior encarceramento de Arnaldo Otegi, Rafa Díez Usabiaga, Miren Zabaleta, Arkaitz Rodríguez e Sonia Jacinto gerou uma enorme resposta política e social em Euskal Herria, dando lugar à maior manifestação realizada em Donostia nos últimos anos, na qual participaram representantes de todos os partidos, com excepção do PSOE e do PP, respondendo à convocatória da maioria sindical basca.
Fonte: Gara
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À parte, ainda que o «aparte» seja bastante relativo, o paperezko lupa da Maite:
«Es la independencia, estúpidos», de Maite SOROA