Convocatória: cerco à CM de Iruñea, pela recuperação de direitos e liberdades
Fonte: ateakireki.com
Como porta-voz do Movimento pelos Direitos Civis de Euskal Herria, Expe Iriarte disse que, com Yolanda Barcina à frente da Câmara Municipal, aqueles que desejam para Iruñea «um projecto diferente» foram alvo de «multas, proibições e repressão».
Como exemplo disso, referiu a conferência de imprensa de ontem, que a Polícia Nacional espanhola não permitiu que decorresse na Udaletxe plaza, ou a recusa de um local municipal para que o diplomata e ex-embaixador do Vaticano Gonzalo Puente Ojea apresentasse, numa conferência, o seu livro La cruz y la corona. Las dos hipotecas de la historia de España.
Iriarte mencionou ainda a ausência na conferência de imprensa dada pelo Movimento pelos Direitos Civis, ontem de manhã, de Julieta Itoiz, conhecida como «La chula potra», que se encontrava com o seu advogado, em virtude de ter sido notificada para comparecer hoje em tribunal por causa de uma queixa que a autarca apresentou contra ela; na origem está o rap «Una bofetada», precisamente dedicado a Barcina.
«Sob o reinado da UPN, a cultura em Iruñea transformou-se num adorno, em vulgaridade, negócio e louvor a si mesmo», salientou, tendo acrescentado que na Europa a candidatura de Iruñea a cidade capital da cultura foi recebida «quase como um insulto ao próprio certame».
Para além disso, o governo local da UPN, disse, fez do San Fermin algo «casposo e rançoso», o património histórico ficou submetido «ao lucro e ao cimento», o «assalto» ao gaztetxe «suprimiu» uma «das melhores iniciativas juvenis autogeridas» e os olentzeros do bairro foram alvo de «perseguição».
Face a tudo isso, a denúncia ou o recurso judicial «não bastam», afirmou Expe Iriarte, pelo que anunciou para este sábado às 13h00 um «cerco» à Câmara Municipal como forma de «protesto global contra esta atitude cerceadora de direitos e liberdades».
Uma corrente humana que pretende rodear a sede municipal num «ambiente festivo», precedida de outro acto às nove da manhã na Txantrea para exigir que os «calderetes» populares das festas do bairro sejam permitidos; à tarde, seguir-se-á a «reivindicação dos jovens».
Fonte: Gara
Ver também: «O Movimento pelos Direitos Civis rodeará a Câmara Municipal este sábado, tendo o rap de "La chula potra" como banda sonora» (ateakireki.com)