Com o lema «Euskal Herriak politika egiteko eskubidea. Arnaldo askatu, politika askatu» (direito de EH a fazer política. Liberdade para Arnaldo, liberdade para a política), uma manifestação exigirá em Elgoibar a libertação do líder da esquerda abertzale Arnaldo Otegi. Numa conferência de imprensa que decorreu no sábado na sua terra natal, lembraram que Otegi está há 19 meses na prisão «sem outra razão que não seja a de criar obstáculos ao desenvolvimento político deste país».
Na conferência estavam presentes, entre os membros da plataforma Arnaldo askatu!, a advogada Jone Goirizelaia, e Karmele Aierbe da esquerda abertzale. Afirmaram que neste período houve acontecimentos «dignos de menção», como o «salto qualitativo» dado para a solução democrática e pacífica do conflito de Euskal Herria, «que se fica a dever em parte ao impulso de Arnaldo».
Lembraram que este processo teve eco fora de Euskal Herria e apontaram como exemplo o Acordo de Bruxelas, as considerações levadas ao Parlamento de Westminster por Brian Currin e o seu grupo e um «sem número» de adesões recebidas a favor desta causa.Por razões políticas
«Arnaldo é o símbolo que representa uma situação de esperança» referiram, embora também tenham mencionado outras pessoas detidas juntamente com o natural de Elgoibar, como é o caso de Sonia Jacinto, Miren Zabaleta e Arkaitz Rodríguez, e os demais presos e presas políticas bascas. Afirmaram que «as razões que mantêm Arnaldo na prisão são políticas. Precisamos de Arnaldo na rua nestes tempos repletos de esperança, porque pode e deve contribuir em muito para os passos que havemos de dar em prol de uma verdadeira democracia».
Fonte: Gara
«Campanha de recolha de assinaturas pela liberdade de Arnaldo Otegi», de Arnaldo askatu! (boltxe.info)
Em Lasarte e Gasteiz, manifestações para exigir a libertação dos presos políticos
250 pessoas participaram, na sexta-feira, numa marcha que decorreu em Lasarte-Oria (Gipuzkoa) para reclamar a derrogação da doutrina do Supremo Tribunal espanhol que anula as redenções acumuladas pelos presos e os obriga a cumprir penas até 30 anos. Seis dos nove presos de Lasarte estão há mais de 20 anos na prisão, quatro deles com as penas cumpridas e dois a atingirem a marca de um quarto de século atrás das grades.
À frente seguia uma faixa em que se lia «Bizi arteko zigorrik ez!» (não às penas perpétuas), levada por familiares de presos. Os participantes na mobilização levavam cartazes com as silhuetas dos reclusos e bandeirolas que exigiam o seu repatriamento. Durante o percurso também se viram faixas do LAB que diziam «Euskal Presoak Euskal Herrira».
No final, um membro do Movimento Popular louvou «a força» dos presos e agradeceu o apoio recebido em nome dos familiares e amigos. «Utilizaram a dispersão ou o isolamento para os submeter e agora vem a doutrina do Supremo, que representa um golpe psicológico forte». Ainda assim, garantiram que o Governo espanhol não conseguirá «destruir» os presos políticos nem os seus familiares. «Pelos trabalhadores presos, estudantes ou trontzalaris, continuaremos a trabalhar», realçou. (Gara)
Também em Gasteiz, cerca de 500 pessoas manifestaram-se na sexta-feira ao fim da tarde para protestar contra as últimas detenções, entre elas a do seu conterrâneo Oier Gómez, e a estratégia de repressão dos estados espanhol e francês.
No decorrer da manifestação, a Ertzaintza apareceu e carregou sobre os manifestantes, tendo-se vivido momentos de grande tensão. No final, os presentes expressaram a sua solidariedade a todos os detidos e aos seus familiares e amigos, e exigiram aos estados francês e espanhol que acabem com a repressão, as detenções, a tortura e toda a violência. (Ver askatu.org) / Na foto, manifestação em Gasteiz.
Para reclamar o repatriamento dos presos políticos, na quinta-feira houve concentrações em Burlata (96 pessoas) e nos bairros iruindarras de Arrosadia (24), de Iturrama (50), de Donibane (53) e da Txantrea (55). Na sexta-feira, foram 55 em Berriozar; 30 em Arbizu; 41 em Barañain; 69 em Etxarri-Aranatz; 43 em Lizarra e 20 em Bera. Também na sexta-feira, na Alde Zaharra de Iruñea, junto ao Monumento aos Foros, reuniram-se 320 pessoas; como é costume, ali os familiares dos presos levam as suas próprias fotos com a palavra «censurado», pois não lhes é permitido exibir as fotos dos reclusos, nem sequer os seus nomes. (Ver ateakireki.com / fotos)
Em Bilbo, juntaram-se 110 pessoas em frente à Sabin Etxea; 20 em Bakio; 119 em Lekeitio; 165 em Zornotza; 19 em Mundaka; 215 em Ondarroa; 60 em Galdakao e 60 em Algorta.
Em Gasteiz reuniram-se 480 e em Amurrio, 35.Em Hernani, 225; em Errenteria, 224; 185 em Zarautz; em Donostia, 180; 31 em Getaria; 65 em Lazkao; 97 em Bergara; 16 em Zegama; 65 em Elgoibar; 51 em Deba; 47 em Lizartza; 65 em Urretxu-Zumarraga; e 40 em Lezo.
Fonte: GaraAcidente de dois amigos de Irati Mujika quando regressavam de Brieva
Dois amigos da presa política basca Irati Mujika sofreram no sábado um acidente de viação quando regressavam de uma visita à prisão de Brieva, na província castelhana de Ávila.De acordo com as informações avançadas pela Etxerat no sábado ao fim da tarde, os dois sinistrados encontravam-se bem, apesar de o acidente ter assumido proporções consideráveis, já que a viatura deu duas voltas no ar antes de embater contra o asfalto da estrada em que viajavam para Euskal Herria.
Irati Mujika foi detida em Iruñea em Novembro de 2008, numa operação da Polícia espanhola decretada pelo juiz da Audiência Nacional Fernando Grande-Marlaska.
Nessa mesma operação foram detidas mais duas pessoas, ligadas, tal como Mujika, ao movimento juvenil, tendo sido acusadas de formar um «grupo de apoio à ETA».
Fonte: Gara