Ontem, a Associação de Solidariedade com Euskal Herria participou, mais uma vez, no desfile comemorativo da revolução de 25 de Abril de 1974 realizado em Lisboa, na defesa dos valores da liberdade, da independência, da soberania dos povos e do socialismo.
Este ano, voltámos a contar com a participação de um bom número de activistas e amigos, que desceram a Avenida da Liberdade divididos em dois grupos, um deles seguindo uma faixa em que se lia «País Basco. Independência e Socialismo» e o outro atrás da faixa com a inscrição «Basta de prisões e tortura. País Basco livre e socialista».
Para além disso, os activistas e demais gente solidária com Euskal Herria exibiram, ao longo do percurso, ikurriñas, bandeirolas a favor do repatriamento dos presos políticos, uma enorme bandeira da Euskal Herria antifaxista e pancartas em que se denunciava o cerceamento das liberdades políticas e civis dos cidadãos bascos, a repressão, as ilegalizações e a tortura a que são submetidos.
«Independentzia», «borroka da bide bakarra» (a luta é o único caminho), «En España se tortura como en la dictadura» ou «Portugal e País Basco, fascismo nunca mais!» foram as palavras de ordem mais ouvidas, que se intensificaram à passagem pelo Consulado de Espanha. Nessa altura, os solidários com o País Basco viraram também as faixas de modo a ficarem de frente para essa representação institucional e ergueram as bandeiras bem alto, por entre aplausos e cravos erguidos. Os aplausos foram, aliás e tal como em anos anteriores, constantes ao longo do percurso.
Pela nossa parte, a solidariedade mantém-se e reforça-se. Lembramos, mais uma vez e fazemos questão disso, que o País Basco não caminha só!
Agradecemos a presença e o apoio de todos.
No dia 24 - Aberri Eguna (Dia da Pátria basca) -, várias pessoas (sobretudo portugueses e bascos) juntaram-se ao fim da tarde na baixa de Lisboa para confraternizarem e comemorarem o dia da Pátria dos bascos. O programa começou por incluir uma animada sessão de trikitixa (tipo de acordeão) e uma não menos animada kalejira (cortejo) pelas ruas da baixa (muito aplaudida por outros bascos e também alguns espanhóis em passeio pela cidade). A isso seguiu-se um jantar e uma euskal jaia (festa basca) na Voz do Operário, que reuniu cerca de meia centena de pessoas e se prolongou pela noite fora.