Membros do Gaztetxe de Gasteiz deram uma conferência de imprensa na quarta-feira para avaliar os 23 anos de projecto juvenil autogerido na casa de Frei Zacarias e dar a conhecer o programa que prepararam para a comemoração deste aniversário.
Os seus porta-vozes realçaram que o gaztetxe faz parte da história de Gasteiz e da sua Parte Velha, em virtude do empenho daqueles que, geração após geração, trabalharam por ele e pelo bairro. «Não porque nenhuma Câmara Municipal o tenha permitido, nem porque apareça ou deixe de aparecer nos guias turísticos. É o que é - esclareceram - porque a assembleia, a autogestão, o bairro e a segurança que dá estarmos a criar algo de muito mais real que o que vem em qualquer boletim ou discurso de políticos geraram um trabalho e um sentimento de pertença que não teria sido possível se confiássemos em gente que, na verdade, não se importa nada com aquilo de que necessitamos ou com o que pensamos».
Vinte e três anos de vida
Ao cabo de 23 anos, adiantaram que não se dão por vencidos, apesar dos ataques contra o seu projecto ou das tentativas, por parte dos responsáveis institucionais, de transformar a Alde Zaharra (Parte Velha). «Apesar da insistência das instituições, não conseguiram submeter-nos, e reparem que tiveram anos para isso - enfatizaram. Cada vez são mais aqueles que se recusam a aceitar as imposições, não estamos dispostos a aceitar que nos digam como devemos viver a nossa vida. Estávamos convencidos disso em 1988 e assim continuamos hoje em dia».
Com o lema «Haciendo historia desde la prehistoria», o programa inclui a participação na Korrika (foi ontem), uma festa da cerveja, conferências sobre a Palestina e sobre a forma de enfrentar a violência patriarcal, um almoço popular; bertso saio com Manex Agirre, Ohiane Perea, Sustrai Colina, Uxue Alberdi, Julio Soto e Alaia Martin; e uma representação teatral, entre outras actividades.
Fonte: Gara
Gasteizko Gaztetxeak 23 urte
Historiaurretik, Gaztetxea zutik!
Fonte: SareAntifaxista