A marcha terá como lema «Queremos saber la verdad sobre Caja Navarra», anunciaram em conferência de imprensa Xabier Barber e Hortensia Serrano em nome dos convocantes, que, explicaram, partilham a sua «perplexidade» face «à pantomima» dos responsáveis pelo «desfalque» na Caja Navarra para tentar evadir-se às suas responsabilidades.
«Está na hora de elevar a voz, de vir para as ruas reclamar o que já devíamos ter, a garantia de que essa investigação vai ser realizada e que vai ser dirigida pelas instituições», defendeu Hortensia Serrano.
Serrano pediu a todos os cidadãos que participem na marcha, «sem distinção de credos políticos», bem como a partidos, sindicatos e outros colectivos, por entender que é de todos «o prejuízo causado por quem geriu a Caja Navarra até a fazer desaparecer».
«A perda da Caja Navarra como resultado da sua nefasta gestão contribuiu também para piorar a já gravíssima situação que uma parte importante da nossa sociedade vive», afirmou, antes de considerar «fundamental» saber o que se passou com a Caja Navarra, «porque é fundamental evitar que isso volte a acontecer com outras entidades». Assim, sublinhou a importância de no dia 2 de Fevereiro haver «dezenas de milhares de pessoas a exigir a verdade».
O ex-director da Caja Navarra Enrique Goñi, a presidente do Governo de Nafarroa, Yolanda Barcina, e a associação Kontuz! vão comparecer perante uma comissão parlamentar no Parlamento navarro.
Na semana passada, a Kontuz! anunciou que ia apresentar queixa contra Barcina, por alegadamente se ter aproveitado de informação privilegiada com fins lucrativos, e contra Goñi e Miguel Sanz (ex-presidente do Governo navarro), pela alegada prática de crimes societários e de prevaricação por omissão.
Hoje, soube-se que a Audiência Provincial de Nafarroa aceitou a queixa da Kontuz! contra Enrique Goñi e Miguel Sanz.
Por outro lado, um tribunal de Iruñea arquivou a queixa que Jesús Pejenaute, ex-conselheiro de Políticas Sociais do Governo navarro, apresentara contra a associação «por injúrias», depois de a Kontuz! o ter apontado como protagonista num crime de branqueamento de capitais, alegadamente cometido em 2007. / Ver: naiz.info via Sanduzelai Leningrado