Quatro pessoas vão ser julgadas na Audiência Nacional espanhola no dia 4 de Fevereiro, por terem mostrado fotos de presos políticos bascos na Korrika de 2011. Três dos arguidos são de Bergara e o outro é de Arrasate (Debagoiena, Gipuzkoa). O Ministério Público pede uma pena de quinze meses de prisão e oito anos de inabilitação.
Em solidariedade com os imputados e para denunciar o caso, haverá várias iniciativas nos próximos dias, segundo foi divulgado ontem numa conferência de imprensa bastante concorrida, no Irizar jauregia, em Bergara.
Entre outras iniciativas, anunciaram uma manifestação para este sábado em Bergara, que partirá da Praça San Martin às 19h00; no dia anterior, haverá um festival de bertsos na sala Zabalotegi (22h00), que contará com a presença dos bertsolaris Miren Amuriza, Unai Gaztelumendi, Aitzol Barandiaran e Alaia Martin. No dia 4 de Fevereiro, dia do julgamento, haverá diversas mobilizações, de manhã e ao fim da tarde.
Terminada a conferência de imprensa, em que recordaram os detalhes do processo, os presentes seguiram para a Câmara Municipal de Bergara, onde foi aprovada uma moção de apoio: os cinco vereadores do PNV e o do PSE abstiveram-se; Bildu (9) e Aralar (2) votaram a favor.
Segundo divulgaram na conferência de imprensa, foi a Ertzaintza que fez queixa dos quatro jovens, apresentando as «provas» contra eles nas AN espanhola. Em Novembro de 2011, o juiz fez avançar o processo, que prosseguirá agora com a audiência oral.
Em Junho de 2012, o tribunal de excepção espanhol condenou cinco pessoas por terem mostrado fotos de presos políticos na Korrika de 2009, à passagem por Iruñea. / Fonte: Berria
Concentração contra a extradição de Lander Fernández frente ao Consulado espanhol em Nápoles
Diversas pessoas participaram, hoje de manhã, numa concentração contra a extradição do cidadão basco Lander Fernández, que teve lugar frente ao Consulado de Espanha em Nápoles (Itália). Na mobilização, convocada pelos Euskal Herriaren Lagunak (Amici e Amiche del Paese Basco), exigiu-se a libertação do preso do bairro bilbaíno de Santutxu.
Um tribunal de Roma aprovou a extradição de Fernández no dia 15 deste mês, mas a defesa recorreu da decisão judicial e o caso encontra-se agora no Supremo italiano.
Para o movimento solidário surgido em apoio a Lander, subjacente à acusação da Audiência Nacional, há uma motivação política, que sustenta a perseguição à sua militância política. Para além disso, já por diversas vezes foi apontado que as provas contra ele se baseiam num caso de tortura reconhecido internacionalmente.
Neste sentido, advogados, juristas e professores de toda a Itália subscreveram um manifesto contra a extradição do santutxuarra.