Na sequência da «histórica» mobilização de sábado, em Bilbo, em defesa dos direitos dos presos políticos bascos, o Herrira e os promotores da manifestação gigantesca pensam que chegou «o momento de abordar as consequências [do conflito]». Pediram aos governos de Mariano Rajoy e François Hollande que não fiquem de «braços cruzados».
Aos governos de Gasteiz e de Iruñea, por seu lado, pediram-lhes que promovam «as medidas necessárias ao respeito pelos direitos humanos de todos os cidadãos». Com o propósito de analisar as etapas a concretizar nesse trajecto, solicitaram uma reunião ao lehendakari, Iñigo Urkullu, e à presidente do Governo navarro, Yolanda Barcina.
Para o movimento de defesa dos direitos dos presos bascos, o mar de gente que esteve em Bilbo também coloca os agentes sociais bascos perante um «desafio incontornável». O Herrira enfatizou ainda a importância da «pluralidade subjacente» à mobilização, e reclamou «um amplo acordo que atenda às demandas da maioria da sociedade».
Na conferência de imprensa também se fez saber que o Herrira irá dar início a uma fase de «grande trabalho interno». Disse-se ainda que, «aproveitando o passo dado no sábado, o seu desafio agora é levar a força e a esperança a todas as terras, cidades e bairros». / Fonte: Berria / Ver também: naiz.info
«A AVT e a Dignidad y Justicia apresentam queixas contra a marcha de Bilbo na AN por "enaltecimento do terrorismo"» (naiz.info)
A AVT e a Dignidad y Justicia apresentaram queixas na Audiência Nacional espanhola por considerarem que durante a mobilização de sábado passado em Bilbo se cometeu o crime de «enaltecimento do terrorismo» - porque, segundo dizem, se mostraram fotos de presos políticos.
Leitura:
«A Apologia da Paz», de António SANTOS (kontra-korrente)
O rio que ontem [sábado] inundou Bilbau não pode ser detido. Irá crescendo até desaguar um dia, mais cedo do que tarde, na paz. Uma paz verdadeira, sem vencedores nem vencidos, baseada na justiça e no respeito pela livre vontade das bascas e dos bascos. E nesse dia, o povo trabalhador basco, durante tantos séculos arrastado pelos rodapés de historiografias estrangeiras, despertará do sono embrutecedor a que o submeteram e, estou certo, há-de também decidir construir o seu próprio Estado e entrar definitivamente na sua própria História.