A marcha, que partiu da Kasko plaza, em Sestao, e terminou no Anaien parkea, em Barakaldo, foi convocada pelos sindicatos ELA, LAB, STEE-EILAS, ESK, CGT e CNT, por 16 colectivos sociais de Ezkerraldea e mais de meia centena de comissões de trabalhadores de diversas empresas dessa comarca biscainha [com grande relevância na história do movimento operário basco].
A mobilização, que tinha à cabeça uma faixa com o lema «Contra el paro y los recortes. Gastu Militarrik Ez», contou com cerca de mil participantes.
Em comunicado, os organizadores salientaram que Ezkerraldea é «uma das comarcas mais castigadas pela actual situação de crise económica» e a que «enfrenta as taxas de desemprego mais altas», com 22% da população activa desempregada (cerca de 23 000 pessoas).
Criticaram as instituições, entre as quais se incluem os municípios da comarca, por promoverem medidas ofensivas contra os direitos laborais e sociais, que «agravam as condições de vida de milhares de pessoas».
Denunciaram também «a situação de grave fractura social» que se vive em Ezkerraldea, «consequência dos alarmantes índices de desemprego, da precariedade laboral, do aumento da pobreza e do número de despejos».
Também criticaram os cortes na protecção social, com a redução dos serviços sociais municipais, das prestações sociais e das ajudas à terceira idade, tendo referido que, enquanto estas políticas de ataque aos direitos sociais e laborais são implementadas, se verifica um «esbanjamento» nas despesas militares.
Também chamaram a atenção para os despedimentos nas empresas da comarca e para a situação do sector dos serviços, com despedimentos nos grandes centros comerciais e, ao nível do pequeno comércio, com dezenas de lojas a fecharem as portas.
Pobreza extrema
Os organizadores apresentaram também dados sobre as consequências de todas estas políticas no aumento da pobreza na comarca, referindo que 6,5% da população vive em situação de pobreza extrema, que cerca de um terço tem dificuldades para chegar ao fim do mês e que perto de mil famílias sobrevivem graças ao Banco Alimentar. / Ver: Gara
VER também [com fotos]: «Marcha por Ezkerraldea contra o desemprego e os cortes» (boltxe.info)