quinta-feira, 6 de junho de 2013

Nem presos nem livres: deportados, refugiados, exilados e confinados

No próximo dia 15, terá lugar em Biarritz (Lapurdi) um acto público para exigir o respeito pelos direitos das pessoas que se viram obrigadas a fugir por causa da repressão. O Ateak Ireki quis perceber por que razão alguém deixa toda a sua vida para trás, se esconde e foge; conhecer melhor as suas condições de vida, bem como o desejo de regressar à sua terra, para assim poder contribuir para o processo político aberto em Euskal Herria.
Fonte: ateakireki.com

Apoio ao Colectivo de Refugiados e Deportados Políticos Bascos, para que possam contribuir para o processo de resolução
Diversos grupos e pessoas que nos últimos trinta anos ajudaram os refugiados organizaram um acto público, que terá lugar no dia 15 de Junho em Biarritz (Lapurdi), na sala Irati. Segundo explicaram, querem proporcionar ao Colectivo de Refugiados e Deportados Políticos a possibilidade de participar «activamente» no processo de paz.
O acto foi apresentado no passado dia 24 de Maio numa conferência de imprensa junto à catedral de Baiona - uma escolha simbólica, pois os refugiados muitas vezes se encerraram naquele espaço.

Erregina Dolossor e Bixente Garcia falaram em nome de todos, e recordaram «o apoio popular» que os refugiados receberam ao longo destas décadas, com especial destaque para certos períodos. Por exemplo, quando foram alvo das acções dos GAL e de outros grupos paramilitares - uma época em que muitos cidadãos se envolveram na campanha «um refugiado, uma casa»; ou, depois da guerra suja, quando o Estado francês iniciou as expulsões, extradições, confinamentos e deportações.

Afirmaram que, «para destruir o colectivo de refugiados, foram criadas muitas normas legais», sem esquecer o mandado europeu, que foi acrescentado a essa longa lista nos últimos anos.

Agora, tendo em conta «a situação importante e interessante que Euskal vive», querem que os membros do colectivo de refugiados tenham a possibilidade de viver livremente no seu país, como desejam, e de exercer o seu direito de participação activa no processo de paz.
Para lhes darem «todo o seu apoio», decidiram organizar o acto púbico de dia 15 de Junho em Biarritz. Para além da parte política (às 11h30), haverá um almoço popular e concertos. / Ver: kazeta.info