O colectivo de refugiados políticos bascos deu hoje a conhecer em Baiona os catorze membros do seu grupo de diálogo e fez um apelo à participação no acto que terá lugar este sábado em Biarritz (Lapurdi), onde irá expor o seu contributo para o processo aberto em Euskal Herria. Sublinhou que a resolução do conflito também passa pela solução do problema dos exilados e pela participação destes no processo.
Tomás Linaza (1956, Lemoa; Cabo Verde), Alfonso Etxegarai (1958, Plentzia; São Tomé), Rakel García (1963, Sopela; Bélgica), Josu Lariz (1957, Alzola; Uruguai), Tutxo Abrisketa (1949, Ugao; Cuba), Eloy Uriarte (1948, Soraluze; Iparralde), Lourdes Mendinueta (1958, Arbizu; Iparralde), Jokin Aranalde (1946, Gaztelu; Iparralde), Jon Irazola (1956, Elorrio; Iparralde), Jon Garmendia (1972, Hernani; Iparralde), Xabier Miguel Ezkerra (1954, Usurbil; Iparralde), Idoia Espiaz (1960; Iparralde), Oxel Azkarate (1982, Arrasate; Iparralde) e Xabier Arin (1957, Ataun; Iparralde) compõem o grupo de diálogo do Colectivo de Refugiados e Deportados Políticos Bascos que hoje foi apresentado em Baiona, numa conferência de imprensa em que participaram cerca de trinta membros deste colectivo.
Kizkitza Gil de San Vicente, Lourdes Mendinueta, Jon Irazola e Eulogio Talavera disseram que, nos últimos anos, o colectivo levou a cabo um processo de reflexão sobre a forma de se estruturar e organizar, bem como sobre a sua postura face ao novo tempo criado em Euskal Herria. Admitiram que se tratou de um debate complicado e «repleto de dificuldades», em virtude da complexa situação em que se encontram os membros do colectivo, espalhados por quase todos os continentes. Esse processo culminou com a nomeação do grupo de diálogo, «algo inédito» no colectivo de refugiados políticos bascos.
O grupo de interlocutores, segundo referiram, é «conforme às características do colectivo», com «uma composição plural e diversa».
Sublinharam que a resolução do conflito político também passa pela solução do problema dos refugiados, e reclamaram ser «agentes activos», ter voz e participar no processo.
«É imprescindível falar com os refugiados políticos bascos, pois a resolução integral do conflito político exige de forma inevitável que se solucione o problema dos refugiados, que nós tenhamos a palavra neste processo de solução, que participemos neste processo», enfatizaram, ao mesmo tempo que interpelaram directamente os estados espanhol e francês para que «falem directamente» com eles e os tenham «em conta». Tornaram esse apelo extensível aos agentes políticos, sociais e sindicais, aos quais pediram que se envolvam na busca da solução para a situação dos refugiados.
O colectivo de refugiados fez um apelo a todos os cidadãos bascos para que este sábado estejam presentes no acto que terá lugar na sala Irati em Biarritz, onde irão expor as suas propostas para a resolução do conflito. Disseram ainda que em Biarritz estará presente uma vasta representação do colectivo, e sublinharam: «El pueblo es nuestro cimiento y nuestro aliento». / Ver: naiz.info e Berria