sábado, 17 de julho de 2010

Agirregabiria abandona a greve de fome ao cabo de 33 dias


O preso político Arkaitz Agirregabiria abandonou na segunda-feira passada a greve de fome que tinha iniciado 33 dias antes para exigir o fim do isolamento a que estava a ser submetido na prisão francesa de Bourg-en-Bresse. O seu pai, que tinha acabado de o visitar, disse ao Gara que o jovem de Santutxu decidiu acabar com a greve de fome na medida em que tinha alcançado o seu objectivo, e que deverá ser transferido para Bordéus, onde se encontram outros presos políticos.

No que respeita à saúde de Agirregabiria, o pai do jovem afirmou que «perdeu vinte quilos neste longo mês sem comer, e queixa-se de dores nas costas». Ainda assim, «está muito bem de moral, apesar de um pouco nervoso por toda esta situação».

Arkaitz Agirregabiria foi detido em Baiona a 20 de Maio com Mikel Karrera e Maite Aranalde, que continuam a recusar a ingestão de alimentos. Além disso, na prisão de Puerto I, Txus Goikoetxea também se encontra em greve de fome, depois de nos últimos dias lhe terem revistado seis vezes a cela e o terem colocado em isolamento, onde «o despiram contra a sua vontade e lhe deram dois pontapés», de acordo com a informação avançada pelo Movimento pró-Amnistia. Goikoetxea já não está em isolamento, mas mantém o protesto.

Da mesma forma, Andoni Zengotitabengoa também se encontra em greve de fome desde sábado, numa prisão de Portugal, para reclamar «condições dignas».

O Movimento pró-Amnistia fez ainda saber que os presos políticos Joseba Fernandez e Mattin Olzomendi abandonaram, na quinta-feira, a greve de fome que mantinham desde o dia 3 deste mês.

Por outro lado, familiares de presos bascos foram submetidos a severos controlos policiais durante o passado fim-de-semana, tendo-se perdido várias visitas pelo facto de os familiares se recusarem às «inspecções humilhantes», fez saber a Etxerat.

A solidariedade para com os presos não conhece fronteiras e, nesse sentido, estava prevista para ontem em Buenos Aires a realização de um festival em solidariedade com Euskal Herria. Os dois lemas escolhidos são: «¡Autodeterminación ya!» e «¡Libertad a los casi 800 presos políticos!».

Retiram fotos em Santurtzi
Por outro lado, na quarta-feira passada, e pelo segundo ano consecutivo, a Ertzaintza entrou no recinto das txosnas de Santurtzi. E, de acordo com o Movimento pró-Amnistia, voltou a fazê-lo no dia seguinte.
Por volta das 19h30, várias furgonetas e patrulhas da Polícia autonómica entraram no recinto festivo das txosnas, para proceder à retirada das fotos dos presos políticos da localidade biscainha. Os agentes identificaram seis pessoas que nesse momento estavam no seu turno, sem terem apresentado qualquer tipo de ordem judicial para este procedimento.
Perante estes factos, os 20 colectivos que compõem a Santurtziko Txosnagunea qualificaram como um «ataque contra a liberdade de expressão» a retirada das fotos e manifestaram o seu «mal-estar, já que [a Polícia] só procura o confronto» com estas actuações. Exigiram que não se volte a pôr em perigo a integridade dos participantes.
Fonte: Gara e askatu.org

Pedem colaboração ao preso político Joseba Esparza, na esquadra
Na semana passada Joseba Esparza foi extraditado pelo Estado francês, a pedido da Audiência Provincial de Nafarroa. Os processos de extradição verificam-se apenas entre tribunais, pelo que Joseba deveria ter sido conduzido ao tribunal que requisitou a extradição. No entanto, foi levado para a esquadra da Polícia espanhola em Iruñea. Ali, pediram-lhe que colaborasse com a Polícia, dizendo-lhe que, nesse caso, ficaria na prisão de Iruñea. Como Joseba recusou a proposta, mandaram-no para longe - Castelló -, como os seus familiares puderam verificar.
Fonte: askatu.org e Gara