sábado, 10 de julho de 2010

Atiçam presos comuns de Granada para que agridam os bascos


Dois cidadãos bascos encarcerados na prisão de Granada afirmaram que um carcereiro «atiçou e tentou convencer» presos comuns a «agredi-los». Numa nota emitida pela Etxerat e na qual não se precisa a identidade dos dois presos bascos, afirma-se que, perante a recusa dos presos comuns em arremeter contra os bascos, o carcereiro «está a fazer a vida impossível» tanto a estes dois presos bascos como aos comuns que se recusaram a agredi-los.

A mesma nota informa que a cela do preso arrasatearra Txus Goikoetxea, na prisão de Puerto I, foi inspeccionada por cinco vezes e de forma quase consecutiva.

Para além disso, na quinta-feira ficou-se a saber que o preso gravemente doente Jon Agirre Agiriano tem uma infecção intestinal. O Movimento pró-Amnistia referiu numa nota de imprensa que, embora o tratamento tenha mitigado as dores que sente, o Hospital de Basurto tinha decidido manter sob observação o natural de Aramaio (Araba).

Na quinta-feira, precisamente, cumpriram-se três décadas exactas desde que Jose Mari Sagardui, Gatza, foi preso, e os seus conterrâneos denunciaram este longo período de reclusão. Para tal, na quarta-feira, 31 viaturas participaram numa caravana pelo município de Zornotza e na quinta 192 pessoas levaram a cabo uma concentração. Já em Eibar foram 65 as pessoas que se juntaram em defesa dos direitos dos presos.

O balanço que a Etxerat deu a conhecer dá conta de numerosas visitas perdidas devido às tentativas de inspecção física a que os familiares continuam a estar sujeitos. Oito meses depois de se terem começado a perder visitas por este motivo, Inma Pacho e Fernan Elejalde perderam aquelas a que tinham direito no fim-de-semana passado, nas prisões de Algeciras e Puerto I, respectivamente.
Na de Almeria, perderam-se nove visitas durante o mês de Junho; e, só último fim-de-semana, foram três em Ocaña I e duas em Herrera.
Na prisão de Curtis, o preso Zigor Blanco não teve visita no fim-de-semana passado, enquanto Naiara Mallabia só pôde estar com os seus irmãos, uma vez que, sendo menores de idade, não foram inspeccionados. Para denunciar a perda destas visitas e, especialmente, o acosso sofrido pelos familiares, os presos de Curtis levaram a cabo fechamentos nas celas nas duas últimas segundas-feiras.

Arnaldo Otegi, por seu lado, viu indeferido pela terceira vez o pedido de liberdade provisional apresentado pela sua defesa na AN espanhola, contra a decisão do Tribunal de Instrução Criminal.

Fonte: Gara e Gara