sábado, 17 de julho de 2010

Sanferminak 2010: nova carga policial da Polícia Municipal no «encierro de la Villavesa»

A Polícia Municipal voltou a carregar de forma violenta no «encierro de la Villavesa»
O agente calvo da Polícia Municipal é tristemente célebre pelo seu envolvimento nas cargas do txupinazo [lançamento do foguete que marca o início das festas]

Tal como aconteceu no ano passado, a PM voltou a carregar sobre as pessoas que participavam no «encierro de la Villavesa». Como é tradição, dezenas de jovens participaram neste evento emblemático e de carácter popular; quando chegaram à Rua Cortes de Navarra, depararam com um dispositivo da PM. Os jovens sentaram-se na estrada e os agentes, confrontados com este cenário, optaram por recorrer aos cassetetes para dissolver o ajuntamento. Um dos agentes é já conhecido pela sua participação activa nas cargas do txupinazo.
Fonte: apurtu.org

Ver também:
«Cargas da Polícia Municipal após o 'encierro de la Villavesa', em Iruñea», de Iñaki VIGOR
"Depois do muito participado 'Pobre de mí' da noite anterior, centenas de 'gaupaseros' ainda tiveram forças para correr na quinta-feira o 'encierro de la Villavesa', que terminou com cargas da Polícia Municipal. No balanço final, a Federación de Peñas denunciou os 'dois pesos e duas medidas' utilizado pelas diversas polícias contra as pessoas que exibiram a ikurriña no txupinazo e as que exibiram a bandeira espanhola no dia 11."

«A esquerda abertzale e o NaBai repudiam a atitude da equipa da UPN nos sanfermines», de Iñaki VIGOR
Os vereadores da esquerda abertzale e do NaBai na Câmara Municipal de Iruñea deram ontem conferências de imprensa em que repudiaram a atitude do governo municipal da UPN, e em especial de Yolanda Barcina, durante os sanfermines. Entre outras coisas, denunciaram as cargas da Polícia Municipal sobre jovens que levavam ikurriñas e a utilização partidarista deste corpo policial.

Além de afirmarem que a equipa da UPN tenta impor «um modelo festivo antipopular, privatizador, mercantilista, exclusivista, passivo e carente de participação», Mariné Pueio e Mikel Gastesi manifestaram o seu repúdio pela «imposição e exaltação do sentimento nacional espanhol por parte da direita espanholista, com o pretexto dos jogos da selecção espanhola no Mundial».
Criticaram ainda a equipa de Barcina por «não ter tido pejo em gastar um monte de euros na transmissão do Mundial», depois de ter cortado os subsídios às peñas e grupos de música.
Ambos os edis denunciaram o recurso à «provocação e à repressão» por parte da UPN «para tentar apagar qualquer sinal ou símbolo que evoquem as nossas raízes bascas».

A «radical e virulenta» actuação da Polícia Municipal no txupinazo foi também criticada pelo NaBai, cujos vereadores constataram que «a escassos metros se exibiam outras bandeiras de comunidades autonómicas e de outros países».
Por isso, consideram que «devia haver uma investigação por parte da Procuradoria, porque pode ser crime usar a Polícia para impedir o exercício do direito a levar uma bandeira legítima e, para além disso, muito apreciada por milhares de cidadãos de Pamplona».