quinta-feira, 22 de julho de 2010

Ofensiva contra a esquerda abertzale: pedem sete e nove anos de prisão para os treze processados da D3M e do Askatasuna


A Procuradoria da Audiência Nacional espanhola solicita penas entre sete e nove anos de prisão para os treze militantes abertzales que foram processados pelo seu trabalho político na plataforma Demokrazia Hiru Milioi (D3M) e na formação Askatasuna. Acusa-os de «colaboração» ou «pertença» à ETA.

O magistrado da Audiência Nacional espanhola Vicente González acusa nove dos militantes abertzales que foram processados por Baltasar Garzón pelo trabalho político desenvolvido na D3M e na Askatasuna de «integração» na ETA: Amparo Lasheras, Arantza Urkaregi, Eli Zubiaga, Iker Rodrigo, Imanol Nieto, Agurtzane Solaberrieta, Hodei Egaña, Unai Berrostegieta e Zuriñe Zorrozua. Pede para todos eles nove anos de prisão.

José Antonio Munduate, Xabier Isasa, Fernando Antia e Aitor Ligerzana são acusados de «colaboração», e a pena solicitada é de sete anos de prisão.

A operação contra a D3M e a Askatasuna teve início no dia 23 de Janeiro de 2009 com a detenção e o encarceramento de oito abertzales pela Polícia espanhola, por ordem de Garzón, com o propósito de impedir que se apresentassem às eleições autonómicas de 1 de Março. Mais tarde, o juiz imputou outras cinco pessoas no processo.

Paralelamente, a Procuradoria e o Ministério Público pediram a impugnação das candidaturas da D3M e do partido Askatasuna no Supremo Tribunal, com o mesmo objectivo.

No dia 8 de Fevereiro de 2009, o Supremo espanhol aceitou as impugnações e anulou as duas candidaturas.

Quatro dias depois, e quando faltava um minuto para se iniciar a campanha eleitoral, o Tribunal Constitucional confirmou a sentença do Supremo, impedindo que ambas as candidaturas pudessem ser votadas.

A 17 de Fevereiro, Garzón rematou a acção decretando a suspensão das actividades da D3M e da Askatasuna.

Apenas três semanas após a realização das eleições, os oito encarcerados saíram em liberdade.

Fonte: Gara