Os quatro tinham sido detidos pela Polícia espanhola, acusados de fazer parte da «estrutura de propaganda da Askatasuna» e gerir a página apurtu.org.
Hoje foram presentes a tribunal - AN espanhola, entenda-se - em situação de incomunicáveis. Miguel Ángel Llamas, Pitu, recebeu ordem de prisão, Oihana Odria Montenegro saiu em liberdade, tendo de ir a tribunal assinar de duas em duas semanas; enquanto Edurne Sauzo Madariaga e Koldo García Llorens vão ter de pagar fianças no valor de 12 000 euros.
De acordo com o Movimento pró-Amnistia, nenhum deles fez qualquer depoimento policial ou judicial e todos afirmaram ter sido tratados de forma correcta, excepto na viagem para Madrid, quando foram ameaçados.
Hoje à tarde, serão presentes a tribunal dois dos detidos pela Guarda Civil, e amanhã os outros quatro.
Fonte: askatu.org
Prosseguem os ataques à liberdade de expressão! Liberdade incondicional para todos! Pitu kalera orain!
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Dois dos seis detidos pela Guarda Civil afirmam ter sido torturados
Entretanto, também já foram presentes a tribunal Iker Moreno e Xabier Beortegi, dois dos seis detidos pela Guarda Civil. Os outros quatro - Iñigo González, Gorka Zabala, Jon Patxi Arratibel e Gorka Mayo - continuam nos calabouços e só amanhã serão presentes a tribunal, uma vez esgotado o período de incomunicação.
Beortegi, tal como tinha acontecido com Oihana Odria, pôde seguir em liberdade; já Iker Moreno recebeu ordem de prisão. Ambos denunciaram ter sido torturados pela instituição militar.
Moreno e Beortegi afirmaram ter vivido um tormento nas mãos da Guarda Civil. Nos calabouços do tribunal especial, a advogada Jaione Karrera - que não os pôde assistir na presença do juiz por se encontrarem incomunicáveis -, encontrou Moreno completamente gelado só com um pull-over. Contou ao Gara que o jovem relatou «ter passado por inúmeros sessões do "saco", ter sido obrigado a permanecer em posturas forçadas até ficar extenuado e que sete agentes se puseram em cima dele enquanto mantinham atado e o asfixiavam com o saco».
Cá fora, a tensão vivida nos arredores da Audiência Nacional espanhola entre familiares dos detidos e a Polícia acabou por conduzir à detenção de Ibai Moreno, irmão de Iker e filho do representante da esquerda abertzale Txelui Moreno. Testemunhas disseram ao Gara que a detenção foi «muito violenta» e que a mãe do jovem foi agredida e atirada para o chão. O Jovem foi levado para uma esquadra madrilena acusada de «atentado à autoridade», embora as testemunhas oculares afirmem que tal não se tenha verificado. (Gara)
«La checa del PSOE», de Mikel ARIZALETA
Mariné Pueyo (esquerda abertzale): «Vamos recuperar para o povo a palavra e a decisão que vocês sequestraram» (Gara)
«O Financial Times indica que "Madrid não pode continuar a criminalizar milhares de bascos"» (Gara)
O jornal britânico Financial Times publica na sua edição impressa de hoje um artigo sobre o último cessar-fogo decretado pela ETA, no qual se mostra optimista e refere que, se «a ETA tem de abandonar a sua luta de uma vez por todas e de maneira verificável», Madrid, para além de dever «repatriar centenas de presos dispersos por toda a Espanha» [também há bastantes no Estado francês], «não pode continuar a criminalizar centenas de milhares de bascos que desejam a independência».