sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A maioria sindical sublinha que a greve de dia 27 é proporcional ao «ataque mais duro dos últimos 35 anos»


Representantes da maioria sindical basca - composta pelo ELA, LAB, STEE-EILAS, EHNE e Hiru - afirmaram em conferência de imprensa que a reforma das pensões projectada é a «pior» das aprovadas, pois «vai pôr em perigo o direito dos trabalhadores a uma pensão digna» e dificultará «o acesso a esse direito» com medidas como o aumento do período de descontos, a passagem da idade de reforma para os 67 anos e o corte de prestações.

O secretário-geral do ELA, Adolfo Muñoz, disse que a greve geral convocada para o dia 27 é uma convocatória «coerente e proporcional à agressão» que constitui «o ataque mais duro contra os direitos laborais e sociais nos últimos 35 anos».

Consideraram que o «grande teatro» da concertação social se mantém porque «nessa mesa Zapatero colocou as reformas de um lado e as subvenções - às CCOO e à UGT- do outro». Questionou a vontade de CCOO e UGT em abordar, para além de debates parciais, um pacto mais amplo, que inclua diferentes assuntos.

«Propõem - precisou - um pacto relativo à energia, quando a tarifa eléctrica subiu 35% em três anos e 9,8% há quatro dias. Que negociem também - propôs com ironia - o menu da Noite de Ano Novo da família real na Zarzuela!».

A secretária-geral do LAB, Ainhoa Etxaide, afirmou que o objectivo desse diálogo social «estéril» é o de «permitir que CCOO e UGT tenham um lugar» no «projecto económico e político que se está a impor» e que foi desenhado «exclusivamente» pelo poder económico para seu benefício.

Etxaide, que defendeu a viabilidade do sistema público de pensões e considerou que a sua reforma procura promover os planos privados de pensões, criticou o facto de os políticos «terem posto ao serviço do poder económico todos os seus instrumentos».
Fonte: boltxe.info

Na foto: Os representantes sindicais, pouco antes de se iniciar a conferência de imprensa, em Bilbo. (Marisol Ramirez / Argazki Press)