terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Na sequência da declaração de cessar-fogo permanente, geral e verificável por parte da organização Euskadi Ta Askatasuna (ETA)


«Quem mantém a violência teme a verificação internacional», análise de Iñaki IRIONDO
A declaração da ETA em que anuncia um cessar-fogo permanente e de carácter geral faz que a única violência que persista seja a do Estado, que recusa a existência de uma verificação internacional, não tanto do cumprimento do compromisso da ETA, mas sobretudo no que respeita às exigências de que o Governo espanhol também dê passos.

«Um cessar-fogo sem comparação em 52 anos», de Ramón SOLA
A ETA decidiu atribuir a este cessar-fogo três «apelidos» que elevam o seu nível em relação aos decretados em 1989 - face às conversações de Argel -, em 1998 - após o Acordo de Lizarra - ou em 2006 - para o processo de negociação. Os termos «permanente» e «geral», juntamente com a disposição para uma verificação internacional, não têm precedente em meio século de história da organização.

Entrevista a Brian Currin: «A ETA cumpriu e já estou a efectuar consultas com o Grupo de Contacto», de Iñaki SOTO
O facilitador sul-africano não escondia ontem a sua satisfação pela decisão tomada pela ETA. Numa nota, explicou que o Grupo de Contacto viajará em breve a Euskal Herria, e numa entrevista ao Gara acrescentou que «chegou o tempo para uma abordagem madura».