Após as sucessivas operações policiais contra a juventude basca, a Polícia espanhola elaborou uma lista com dezenas de pessoas que liga à Segi. Em Iruñerria são 26, e podem ser detidos e ficar incomunicáveis a qualquer momento. Este domingo haverá uma manifestação na Txantrea (bairro de Iruñea) de apoio à juventude do bairro, à qual aderiram 30 colectivos locais. Partirá às 18h00 da Praça Sabicas (Alemanes).
No dia 22 de Outubro, a juventude basca foi alvo de um novo ataque repressivo, no âmbito do qual foram detidos 14 jovens - sendo um deles o txantreano Ander Maeztu. Estes jovens afirmaram ter sido torturados e maltratados durante o período de incomunicação.
«Estas práticas selvagens levaram a que alguns jovens se dessem como culpados e incriminassem outros, o que esteve na base de uma nova lista negra com 50 nomes» de toda Euskal Herria, referem os convocantes da manifestação. Nessa lista apareciam os nomes de oito jovens do bairro, sendo um deles o de Izaskun Goñi, que foi detida em meados de Dezembro e que também afirmou ter sido torturada.
As outras sete pessoas «estão em risco de ser detidas, torturadas e encarceradas a qualquer momento», alertam os promotores da marcha, salientando que «o crime de todas elas é a militância política pública, que desenvolvem em diferentes áreas do bairro, como o direito à habitação, os espaços juvenis autogeridos, a luta feminista ou as festas populares e participativas».
Para os trinta colectivos convocantes, «chegou a hora de acabar com estas injustiças, juntemo-nos e gritemos: TXANTREAKO GAZTERIA AURRERA!!!»
Fonte: apurtu.org
Entretanto, Marlaska rejeitou a aplicação de medidas contra a tortura a Urteaga, ainda incomunicável
Continua a não haver notícias sobre os zarauztarras Itsaso Urteaga e Iraitz Gesalaga, desde que foram detidos, na terça-feira, pela Guarda Civil e pela Gendarmerie, respectivamente, acusados de ligação à ETA.
O que se ficou a saber ontem foi que o juiz da Audiência Nacional rejeitou o pedido de aplicação de habeas corpus e de medidas contra a tortura feito pela defesa de Itsaso Urteaga, a jovem detida em Zarautz. Aceitou, isso sim, o pedido da Guarda Civil para prolongar o seu período de incomunicação. Ver: Gara
Em Zarautz, familiares de ambos os detidos expressaram a sua preocupação com a forma como possam estar a ser tratados durante o período de incomunicação e, face às «mentiras» publicadas sobre eles, salientaram que o seu trabalho é público. (Ver: askatu.org)
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Este domingo, manifestação na Txantrea contra as listas negras e a tortura
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