sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Tasio Erkizia vai ser julgado na AN espanhola no dia 16 de Fevereiro


A Audiência Nazional espanhola vai julgar, no dia 16 de fevereiro, o membro da esquerda abertzale Tasio Erkizia, acusando-o de «exaltação do terrorismo» e de ter participado na homenagem a José Miguel Beñarán, Argala, no 30.º aniversário da sua morte, a 21 de Dezembro de 2008. A Dignidad y Justicia apresentou queixa, e o Ministério Público pediu uma pena de um ano e meio de prisão e oito de inabilitação para o militante abertzale. A Dignidad y Justicia, por seu lado, pediu dois anos de prisão e doze de inabilitação.
Notícia completa: Berria
[«gora Euskadi askatuta» / «gora Euskadi euskalduna» / «gora Argala» - o magistrado inclui esta frases, alegadamente proferidas no final da cerimónia de homenagem, no seu relatório acusatório; atente-se na fineza.]

Apoio aos bertsolaris Perea e Ormaetxea
Os bertsolaris Josu Ormaetxea e Oihane Perea têm de comparecer hoje na AN espanhola como arguidos pelo papel que desempenharam num acto organizado pelos Blusas e as Neskas no âmbito das festas de Gasteiz, no dia de Santiago (25 de Julho).
Os bertsolaris disseram o nome de vários presos políticos, ao microfone, para que os seus familiares subissem ao palco, e é nisso que se baseia a acusação de «enaltecimento do terrorismo».
Familiares de presos e representantes de diversos colectivos manifestaram ontem, em Gasteiz, a sua solidariedade a ambos, tendo salientado que a solidariedade não é um crime. Também se ficou a saber que hoje diversos autocarros partem de Gasteiz e Agurain (Araba) com destino a Madrid, para apoiar Josu e Oihane.
Fonte: Gara e Berria
Entretanto, de acordo com o Berria, os dois bertsolaris já hoje depuseram no tribunal de excepção espanhol, tendo saído em liberdade e sem que o juiz tenha tomado qualquer medida contra eles.

Pedem um «compromisso colectivo» para mudar «a atitude dos responsáveis» da política penitenciária
Pessoas imputadas por mostrarem imagens dos presos políticos bascos defenderam que a solidariedade não é nenhum crime, tendo salientado que «não há juiz ou Polícia, prisão ou lei capaz de deter essa solidariedade».
Numa conferência de imprensa em Bilbo, pediram aos agentes políticos, sociais e sindicais que assumam «compromissos firmes e sinceros, de forma a resolver a questão dos perseguidos políticos, que tão necessário é para a resolução do conflito político que vivemos», «um enorme compromisso colectivo que acabe por mudar a atitude dos responsáveis pela selvagem política penitenciária».
Também os promotores da manifestação de sábado passado e familiares de presos políticos pediram hoje, em Bilbau, uma «mudança imediata» na política penitenciária, que saia do «ciclo da confrontação e repressão» e se situe em «parâmetros de solução». Realçaram precisamente o «enorme» êxito da mobilização, pois nela ficou patente que «uma maioria ampla e plural» considera necessário acabar com a actual política penitenciária e com as medidas repressivas contra os presos.
Fonte: Gara e Gara
Concentração em frente à Audiência de Gipuzkoa em protesto contra a notificação a uma familiar de Jon Anza por declarações efectuadas sobre o seu desaparecimento. (Gara / Juan Carlos Ruiz / Argazki Press)