A Audiência Nazional espanhola vai julgar, no dia 16 de fevereiro, o membro da esquerda abertzale Tasio Erkizia, acusando-o de «exaltação do terrorismo» e de ter participado na homenagem a José Miguel Beñarán, Argala, no 30.º aniversário da sua morte, a 21 de Dezembro de 2008. A Dignidad y Justicia apresentou queixa, e o Ministério Público pediu uma pena de um ano e meio de prisão e oito de inabilitação para o militante abertzale. A Dignidad y Justicia, por seu lado, pediu dois anos de prisão e doze de inabilitação.
Notícia completa: Berria
[«gora Euskadi askatuta» / «gora Euskadi euskalduna» / «gora Argala» - o magistrado inclui esta frases, alegadamente proferidas no final da cerimónia de homenagem, no seu relatório acusatório; atente-se na fineza.]
Notícia completa: Berria
[«gora Euskadi askatuta» / «gora Euskadi euskalduna» / «gora Argala» - o magistrado inclui esta frases, alegadamente proferidas no final da cerimónia de homenagem, no seu relatório acusatório; atente-se na fineza.]
Apoio
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Os bertsolaris Josu Ormaetxea e Oihane Perea têm de comparecer hoje na AN espanhola como arguidos pelo papel que desempenharam num acto organizado pelos Blusas e as Neskas no âmbito das festas de Gasteiz, no dia de Santiago (25 de Julho).
Os bertsolaris disseram o nome de vários presos políticos, ao microfone, para que os seus familiares subissem ao palco, e é nisso que se baseia a acusação de «enaltecimento do terrorismo».
Familiares de presos e representantes de diversos colectivos manifestaram ontem, em Gasteiz, a sua solidariedade a ambos, tendo salientado que a solidariedade não é um crime. Também se ficou a saber que hoje diversos autocarros partem de Gasteiz e Agurain (Araba) com destino a Madrid, para apoiar Josu e Oihane.
Fonte: Gara e Berria
Entretanto, de acordo com o Berria, os dois bertsolaris já hoje depuseram no tribunal de excepção espanhol, tendo saído em liberdade e sem que o juiz tenha tomado qualquer medida contra eles.
Pedem um «compromisso colectivo» para mudar «a atitude dos responsáveis» da política penitenciária
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Pessoas imputadas por mostrarem imagens dos presos políticos bascos defenderam que a solidariedade não é nenhum crime, tendo salientado que «não há juiz ou Polícia, prisão ou lei capaz de deter essa solidariedade».
Numa conferência de imprensa em Bilbo, pediram aos agentes políticos, sociais e sindicais que assumam «compromissos firmes e sinceros, de forma a resolver a questão dos perseguidos políticos, que tão necessário é para a resolução do conflito político que vivemos», «um enorme compromisso colectivo que acabe por mudar a atitude dos responsáveis pela selvagem política penitenciária».
Também os promotores da manifestação de sábado passado e familiares de presos políticos pediram hoje, em Bilbau, uma «mudança imediata» na política penitenciária, que saia do «ciclo da confrontação e repressão» e se situe em «parâmetros de solução». Realçaram precisamente o «enorme» êxito da mobilização, pois nela ficou patente que «uma maioria ampla e plural» considera necessário acabar com a actual política penitenciária e com as medidas repressivas contra os presos.
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