quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A Procuradoria pede doze anos de prisão para Agirre por ser «dirigente» da Askatasuna


Oihana Agirre foi ontem julgada na Audiência Nacional espanhola, acusada de ser «dirigente» da Askatasuna, numa audiência em que a Procuradoria manteve o pedido de 12 anos de prisão e a Asociación Víctimas del Terrorismo (AVT) pediu uma pena de 13 anos de prisão.
A advogada da donostiarra, Ainhoa Baglietto, pediu a sua absolvição. A advogada disse ao Gara que as duas provas apresentadas em tribunal para sustentar a acusação contra Agirre são a documentação apreendida em sua casa, que a donostiarra disse não lhe pertencer, e a sua participação numa conferência de imprensa.
Baglietto salientou o facto de no julgamento ter ficado demonstrado que o movimento pró-amnistia é composto por familiares e perseguidos políticos, e que denunciar a violação de direitos dos presos políticos bascos não constitui um delito.
A advogada destacou ainda que a Procuradoria não apresentou um único argumento que justificasse o pedido de doze anos. Segundo indicou, as acusações contra Agirre «baseiam-se na prova pericial realizada pelos polícias, em que apontam Oihana Agirre como responsável de Gipuzkoa ou de uma secção de trabalho desse mesmo herrialde, o que, tomando como base sentenças anteriores sobre as Gestoras, daria lugar a um pedido de 8 anos, mas nunca de doze e treze anos», precisou.
Notícia completa: Gara / Na foto, concentração de apoio a Oihana.

Em memória de Aitor Elortza, homenagem no 5.º aniversário da sua morte
Aitor Elortza Unanue (Paris, 1960 - Baiona, 2006)
Aitor envolveu-se ainda jovem na luta popular por uma Euskal Herria livre e justa. Tornou-se membro dos Comandos Autónomos Anticapitalistas. Em 1979, com 19 anos de idade, foi para Ipar Euskal Herria, escapando à perseguição policial. Mas também ali a sua vida seria marcada pela militância, a perseguição policial, as detenções e a falta de estabilidade. Foi para o México e, depois de regressar, esteve novamente na prisão. Viria a falecer em sua casa, doente, no dia 16 de Janeiro de 2006.
Em Junho desse ano, foi-lhe prestada uma homenagem no Portu Zaharra de Algorta (Bizkaia) e as suas cinzas foram lançadas ao mar. Fotos: aqui e aqui
Fonte: etengabe