Os sete deputados e dois dos três senadores - o terceiro não pôde estar presente por motivos familiares - deram uma conferência de imprensa em Iruñea, um dia antes de irem ao Congresso espanhol receber os certificados de eleição, para explicar a sua actividade em Madrid, onde, segundo sublinharam, vão defender «o reconhecimento de Euskal Herria como nação e o direito do povo basco a decidir o seu futuro».
A coligação soberanista afirmou estar «bem ciente» daquilo que vai encontrar em Madrid: «um PP com uma ampla maioria e que assumiu desde logo uma atitude relativamente a Euskal Herria: vetar a Amaiur da sua ronda de contactos e tentar tomar medidas para silenciar os 333 624 votos que alcançámos, recusando-nos a possibilidade de ter um grupo próprio».
Em seu entender, é «muito grave» que, num contexto em que a sociedade basca exige compromissos para avançar no processo de soluções, o PP se aferre a «dinâmicas e receitas caducas». «É escandaloso que o PP pretenda aplicar medidas de excepção para impedir que a força que maior representatividade obteve em Hego Euskal Herria tenha voz e grupo próprio», afirmaram.
Para a Amaiur, isso é «preocupante», na medida em que, por trás dessa atitude, se vislumbra um partido que quer manter a mesma dinâmica dos últimos anos, que mantém uma «atitude de negação, virando as costas ao sentir maioritário do nosso povo».