Agentes políticos, sociais e sindicais signatários do Acordo de Gernika pediram ao Governo espanhol e ao PP que «oiçam o clamor da sociedade basca e dêem passos», o primeiro dos quais deve ser a alteração da «desumana» política prisional.
Quinze membros do Acordo de Gernika participaram ontem em Bilbo numa conferência de imprensa em que Lorea Bilbao, em euskara, e Jon Garai, em castelhano, fizeram um balanço relativo ao ano de 2011, que encerram mostrando o seu «reconhecimento a todas as vítimas do conflito».
Os signatários do Acordo de Gernika pediram ao Executivo de Mariano Rajoy e ao seu partido que «não continuem a ser presas das suas próprias palavras e princípios por mais tempo».
«Oiçam o clamor da sociedade basca e prestem-lhe atenção», disseram os porta-vozes do Acordo de Gernika, tendo referido ainda que, «para que este novo cenário se consolide, vocês também têm de começar a dar passos» e «o primeiro deles deve ser o respeito pelos direitos fundamentais dos presos».
Reclamaram a libertação dos presos políticos gravemente doentes, daqueles que «cumpriram a sua pena» ou que reúnem os requisitos para estar em liberdade condicional, e que os restantes presos sejam transferidos «de imediato para prisões de Euskal Herria».
«Para solucionar o conflito, queremos os presos em casa», afirmaram.
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O ministro espanhol do Interior, Jorge Fernández Díaz, em declarações à Onda Cero, afirmou que a política prisional é um «instrumento muito forte e muito válido» que pretende aplicar «com inteligência» de forma a contribuir para o «desaparecimento» da organização armada basca. [?] / Mais info: Gara