Josu Esparza foi presente ontem de manhã ao juiz Ismael Moreno, na Audiência Nacional espanhola, que lhe deu ordem de prisão.
O militante abertzale deverá depor nos próximos dias na presença dos juízes encarregados de instruir os processos judiciais, Fernando Grande-Marlaska e Pablo Ruz.
Esparza foi preso na segunda-feira à tarde em Baiona e entregue à Polícia espanhola em Biriatu. / Fonte: Gara
O movimento pelos direitos civis Eleak referiu-se à detenção de Josu Esparza como «um novo golpe contra as aspirações da maioria deste país, que deseja que a perseguição política e as ilegalizações façam parte do passado».
Na conferência de imprensa que o Eleak ontem deu em Iruñea também intervieram vários familiares e amigos de Esparza, entre eles a sua mãe, Txaro Iraizoz.
Ainara Bakedano e Asier Biurrun, do Eleak, fizeram saber que hoje às 12h00 se irão reunir com a Delegada do Governo, Elma Sáiz, acompanhados por representantes de diversos agentes políticos e sociais. E pediram a toda os cidadãos que a essa hora acorram às Merindades em solidariedade com o antigo porta-voz do Movimento pró- Amnistia. Para as oito da noite, foi convocada uma outra concentração na rotunda de Lareki, no bairro da Txantrea.
O Eleak que Esparza foi detido como forma de punição pelo trabalho político que desenvolveu «de maneira pública e notória no Movimento pró-Amnistia». E consideraram uma «provocação» o facto de os estados «continuarem a responder com mais repressão e mais prisão ao novo cenário que se está a criar em Euskal Herria». «Até quando?», questionaram.
Depois de alertarem para a possibilidade - que se veio a confirmar - de Josu ser encarcerado longe de Euskal Herria, afirmaram que os estados «já pisaram todas as linhas na violação de direitos civis, no ataque às liberdades políticas», e pediram que «se responda de modo firme e unitário a este novo atropelo». / Notícia completa: ateakireki.com
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