sábado, 10 de dezembro de 2011

O Bildu afirma que «chegou o momento de mudar por completo a situação nas prisões»

Vários eleitos do Bildu em diferentes instituições de Euskal Herria deram uma conferência de imprensa em Donostia para exigir uma mudança «completa» da situação nas prisões espanholas e francesas.

Na sequência da Declaração de Aiete e do fim definitivo da actividade armada por parte da ETA, os membros da coligação consideram que «está na hora de os estados se mexerem e darem uma resposta à altura dos acontecimentos e que a sociedade basca lhes exige».
Lamentam, no entanto, que «por agora não prevaleça a boa vontade, pois parece que se mantém a rotina de colocar entraves em vez de os evitar».

Numa conferência de imprensa massiva, em que participaram, entre outros, os autarcas de Donostia, Orio, Usurbil, Arrasate, Elgoibar, Andoain, Bergara e Berastegi, e os deputados navarros Bakartxo Ruiz e Koldo Amezketa, referiram que, para eles, «uma das prioridades para avançar de forma eficaz no processo de normalização e democratização é a questão da política penitenciária».

«Abandonar a actual política contra os presos e as presas, retirá-la dos parâmetros da política antiterrorista e fomentar novas medidas com vista à resolução da questão das prisões são reivindicações apresentadas há muito pela sociedade basca», insistiram.

Depois da Declaração de Aiete e do fim definitivo da actividade armada por parte da ETA, «Euskal Herria espera pelo Estado. Não há desculpas», disseram.
Referiram, contudo, que «estar à espera não basta», e consideram que a sociedade «deve ser protagonista e tem de se mobilizar para pressionar e alimentar este processo».

O Bildu anunciou ainda uma série de iniciativas com vista à normalização política e ao respeito pelos direitos dos presos e presas políticos bascos.
A coligação independentista exige a transferência para Euskal Herria, «sem condições», de todos os presos e presas; a libertação dos presos com doenças graves; a liberdade provisória para os presos preventivos a aguardar julgamento; acabar com a lei que consiste na chamada «Doutrina Parot»; a liberdade condicional para os presos que tenham cumprido três quartos da pena; e a aplicação, «sem cortes nem arbitrariedades», dos benefícios penitenciários.

Para além de pedir à sociedade que participe na manifestação que terá lugar em Bilbo no dia 7 de Janeiro, o Bildu fez saber que vai apresentar moções nos municípios de Euskal Herria nos termos que a sua reflexão expressa.

Por outro lado, na próxima sexta-feira, dia 16, as pessoas eleitas do Bildu nas diversas instituições vão fazer um jejum de 24 horas, e haverá concentrações em todas as localidades às 12h00. Nesse mesmo dia, uma delegação de eleitos do Bildu irá participar, durante 24 horas, no fechamento que se inicia esta segunda-feira no campus de Ibaeta.
Por último e também no dia 16, vão participar nas mobilizações convocadas pela Etxerat. / Fonte: Gara via kaosenlared.net

«Es necesario salir a la calle el 7 de enero para acabar con la criminal política penitenciaria», de Ezker Abertzalea (ezkerabertzalea.info)

«O EPPK dá um passo em frente para acabar com a dispersão» (Gara)
O EPPK anuncia num comunicado que cada um dos presos do Colectivo vai pedir a sua transferência para Euskal Herria e desafia os estados a responderem afirmativamente.

Comunicado do EPPK: «EUSKAL PRESOAK EUSKAL HERRIRA ORAIN!» (Gara)