Os cidadãos de Legutio (Araba) andam preocupados e têm razões para isso, pois vêem-se na iminência de ter ao pé, outra vez, «os beneméritos». Em Maio de 2008, a organização ETA empreendeu uma acção armada contra o quartel dos ditos, e o espaço ficou vazio desde então. Só que agora o Governo espanhol deu luz verde à construção de um novo quartel.
Depois de ficarem a par das intenções do Executivo espanhol de levar por diante a construção do novo quartel - os chefes máximos das forças de ocupação consideram-no mesmo de «excepcional interesse público» e, mais ainda, «imprescindível» para que a Guarda Civil «possa desempenhar eficazmente o seu trabalho na zona» -, os moradores emitiram um comunicado em que manifestam a sua preocupação.
Dizem que o antigo quartel não trouxe nada de bom à população, excepto repressão e controlo policial, e perguntam ao Governo a que «trabalho» é que se refere quando diz que o quartel é «imprescindível» à Guarda Civil na zona. «Infelizmente, em Legutio e em toda Euskal Herria, sabemos muito bem em que consiste tal trabalho: milhares de basc@s detidos, torturados, sequestros ilegais, assassinatos, tratamentos vexatórios nos controlos, etc.».
Por último, dizem que a decisão de construir um quartel na sua terra vai no sentido oposto à nova situação que foi criada em Euskal Herria, sendo que a «grande maioria da sociedade expressou a sua vontade de encontrar uma solução pacífica para o conflito político e armado». Ora, sendo Euskal Herria o sítio da Europa com maior número de polícias por habitante (cerca de onze agentes armados por cada mil habitantes), é importante abordar a questão da desmilitarização, e a construção do novo quartel em nada contribui para isso. / VER: gazteiraultza.info
A AN espanhola intima a autarca de Altsasu a depor por causa da paródia «El discurso del Rey»
O magistrado da Audiência Nacional espanhola Santiago Pedraz intimou a autarca de Altsasu (Nafarroa) a depor como imputada no próximo dia 25 de Janeiro por causa da paródia «El discurso del Rey», representada na localidade no dia 3 de Setembro; o objectivo era denunciar, de forma humorística, «a presença asfixiante dos diversos corpos policiais em Altsasu». Na altura, a dita representação esteve na origem de uma intensa campanha mediática orquestrada contra o Bildu. / VER: Gara