A associação Etxerat fez saber que Itziar Moreno e Ruben Rivero, que se encontravam em greve de fome, e Oihana Garmendia e Julen Mujika, que recusavam a comida da prisão, puseram fim à luta que tinham iniciado em protesto contra as agressões a Itziar Moreno e contra a forma como os presos bascos são tratados no cárcere francês de Muret-Seysses. Itziar Moreno foi transferida e encontra-se em Fresnes.
Antes de esta notícia vir a público, a Etxerat deu uma conferência de imprensa em Bilbo para anunciar a sua adesão às iniciativas convocadas pelo Herrira para este fim-de-semana com o propósito de denunciar a situação dos presos políticos bascos em Muret-Seysses: no sábado, uma marcha até essa prisão, com partida do bairro bilbaíno de San Inazio e de Balmaseda (Bizkaia), de onde são Itziar Moreno e Ruben Rivero (que estavam em greve de fome); na sexta-feira, uma concentração frente ao Consulado de França em Bilbo (Errekalde zumarkalea), às 12h00.
Na conferência de imprensa, representantes da associação denunciaram com veemência as más condições de vida que os presos bascos enfrentam em Muret-Seysses, tendo salientado a «perseguição constante» que se verifica no sector das mulheres e, em especial, o caso da presa política Itziar Moreno.
Moreno foi levada para a cela de castigo no passado dia 27 de Maio, tendo sido agredida por funcionárias na sequência de uma discussão mais acesa com uma delas. Moreno entrou logo em greve de fome e foi punida com 25 dias de mitard. Seis dias depois, pesava 45 quilos. De acordo com os seus familiares, nos dezasseis meses que passou em Muret-Seysses, Itziar foi castigada catorze vezes e passou cem dias na cela de castigo.
Oihana Garmendia, que também entrara em greve de fome, teve de a abandonar no dia 31 de Maio por recomendação médica, mas recusou a comida da prisão. Nesse mesmo dia, dois presos políticos bascos que se encontram na mesma prisão decidiram apoiar a luta das suas camaradas: Ruben Rivero entrou em greve de fome e Julen Mujika, tal como Garmendia, recusou-se a comer a comida da prisão.
A Etxerat recordou que já não é a primeira vez que se vê obrigada a denunciar a forma como os presos bascos são tratados em Muret-Seysses. «Nesta prisão, são frequentes as tareias, os castigos desproporcionados e as ameaças. E tudo isto é inaceitável. Exigimos o respeito pelos direitos fundamentais dos presos políticos bascos e que estas situações não voltem a acontecer», afirmaram. / Ver: naiz.info, etxerat e etxerat / Ver também: BilboBranka e herrira.org
O Herrira concentrou-se frente à prisão de Iruñea em defesa dos direitos de Josune Arriaga
Apesar de ter havido problemas com a Polícia, uma delegação do Herrira foi até à porta da prisão, onde deixou um carta dirigida ao director do estabelecimento em que se pede que sejam respeitados os direitos humanos da prisioneira basca e que lhe «seja permitido estar perto da mãe nos seus últimos dias».
O Herrira convocou uma outra concentração para as 19h00 de hoje, junto à prisão, para acompanhar a família da presa, que tem uma visita. / Ver: naiz.info e ateakireki.com