quinta-feira, 3 de junho de 2010

A deslegitimação da violência


Os mesmos canalhas que pretendem doutrinar as minhas filhas na escola são cúmplices e encobridores do maior e mais impune grupo terrorista que assassina no Médio Oriente.

Três inamovíveis princípios fundamentais tem o Plano de Convivência Democrática: «A deslegitimação ética, social e política do terrorismo e a violência como ponto de partida de uma verdadeira educação em valores democráticos», «a defesa do estado de direito, da legalidade e das instituições democráticas» e «a centralidade das vítimas do terrorismo como agentes fundamentais de uma verdadeira cultura da paz, democracia e direitos humanos entre os alunos».

E o plano segue em frente, funesta coincidência que o explica melhor que os seus mentores, ao mesmo tempo em que o fascista estado de Israel, sócio europeu, massacra dezenas de jovens que transportavam ajuda humanitária para a sitiada Gaza. Entre eles, vinte parlamentares europeus, uma ex-congressista norte-americana, um Nobel da Paz, e um sobrevivente do Holocausto. O exército israelita, cumprindo as suas ordens criminosas, assaltou os barcos que se dirigiam à cidade palestiniana em águas internacionais, abrindo fogo contra os cooperantes.

Os mesmos canalhas que pretendem doutrinar as minhas filhas na escola são cúmplices e encobridores do maior e mais impune grupo terrorista que assassina no Médio Oriente. Andam há anos a fornecer-lhes armas e a ajudá-los nos seus crimes contra a humanidade. Agora, dadas as circunstâncias, até é possível que lhes exibam uma nova retórica de repulsa e com espavento.

Talvez não o aprendam na escola mas as minhas filhas vão saber quão canalhas são os canalhas e quão hipócritas são os seus malditos princípios.

Koldo CAMPOS
escritor
Fonte: kaosenlared.net