Membros da iniciativa 1512-2012 Nafarroa Bizirik afirmaram ontem em frente ao Arquivo Geral de Nafarroa - antigo Palácio Real - que o Governo a que preside Miguel Sanz está a praticar «uma fraude económica e histórica, já que desperdiça o dinheiro dos cidadãos navarros em glamourosos congressos internacionais», além de publicar livros de texto que falseiam a realidade e subvencionar a edição de «revistas panfletárias».
Os congregados em frente ao Arquivo denunciavam a organização do Congresso Internacional «1512: Conquista e Incorporación de Navarra a la Monarquía de España», promovido pelo Governo navarro e que tenta camuflar o facto de a «anexação» castelhana se ter verificado através de uma invasão.
O próprio Miguel Sanz e o conselheiro da Cultura e Turismo, Juan Ramón Corpas, não conseguiram evitar ouvir quem protestava contra este evento às portas do Arquivo.
«Que povo conquistado é que celebra a sua conquista? Que povo conquistado é que mantém uma estátua do conquistador, como Ignacio de Loiola? Que povo conquistado deforma a sua própria história negando a sua idiossincrasia para ensinar às novas gerações que a conquista foi para nosso bem?», perguntaram.
A 1512-2012 Nafarroa Bizirik também apresentou a revista Pregoia, com textos do historiador Pedro Esarte, que destacou que «o actual Governo de Navarra está a manter uma deturpação histórica, apoiada nos arrivistas que elevam o a exaltação do actual estatuto até um purismo servil e impulsionada por uma plêiade de adeptos do nacionalismo espanhol», ao mesmo tempo que desmentiu o mito de que a Constituição espanhola inclua os direitos históricos do reino navarro perdido.
Martxelo DÍAZ
Fonte: Gara / Ver também: 1512-2012 Nafarroa Bizirik