O Eusko Alkartasuna e a plataforma Herritarron Garaia deram no sábado em Lizarra um primeiro passo para configurar um «nova força eleitoral» assente na «colaboração eficaz» de pessoas de esquerda, abertzales e euskaltzales.
Com o lema «Bagoaz», meio milhar de pessoas estiveram presentes no acto de apresentação, no «acto de partida», desta nova proposta eleitoral. Muitos dos presentes lembraram o valor simbólico, tanto recente como histórico, que Lizarra possui para os bascos.
Maiorga Ramirez, em representação do EA, e Bakartxo Ruiz, em representação da plataforma Herritarron Garaia, foram os porta-vozes desta nova iniciativa. Ramirez afirmou que «chegou o momento de criar os alicerces de uma colaboração eficaz entre gente de esquerda, abertzales e euskaltzales com vista à formação de uma nova força eleitoral, doa a quem doer». Assim, «de Nafarroa lançaram um apelo a toda Euskal Herria para que seja criada uma proposta eleitoral participativa, plural e aglutinadora», uma «força eleitoral» que busca a adesão dos cidadãos «neste primeiro processo que são as eleições forais e municipais».
No acto também interveio o dirigente do EA Koldo Amezketa, que disse estar ali para «reafirmar mais uma vez que o nosso país tem de ser construído entre todos. Precisamos das forças, das ideias e do trabalho de todos os bascos. Ninguém está a mais». Disse ainda que «a única coisa a mais» são as «atitudes excludentes e os vetos à colaboração» entre aqueles que desejam uma Euskal Herria onde «o respeito pelos Direitos Humanos e a liberdade completa sejam uma realidade». A referência à situação vivida na Nafarroa Bai é óbvia. Da mesma forma, considerou: «Não podemos continuar a depender de decisões políticas que são tomadas a 500 km e de costas voltadas para a maioria», e que o seu objectivo é o de «construir uma nação soberana para que todos possam viver melhor».
Arantza Izurdiaga, da Herritarron Garaia, criticou a situação actual de Nafarroa, consequência da «péssima gestão» da UPN. Izurdiaga afirmou que, neste contexto, «chegou o momento de encarar o futuro a partir de uma perspectiva de soma e integração». «Verificam-se as condições para que aqueles que até agora seguiam por caminhos diferentes possam caminhar juntos», disse.
Fonte: Gara
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